22 julho, 2009

A vida trata a gente como a gente trata a vida

pcmso_consulta_medica Hoje, quero lhe contar uma história sobre a qual, espero que você retire dela, algo de bom para a sua vida e a vida de sua família.

Um homem de negócios muito bem sucedido, dono de um império empresarial, consultou seu médico, queixando-se de estresse, insônia, inquietude e uma série de outros sintomas da mesma natureza.

Para sua surpresa, a receita do doutor não foi a prescrição de um ansiolítico, de um sonífero ou de um antidepressivo: Sugeriu-lhe o profissional, que passasse uma tarde em um cemitério.

Quis questionar tal indicação e mandar o médico às favas, pois, se estava ali se consultando, é porque sabia que tempo era dinheiro; e ele tinha muito trabalho a fazer, ao invés de desperdiçar uma tarde inteira, ainda mais num lugar tão desagradável como um cemitério.

Mas, o médico era renomado e parecia saber o que estava fazendo.

Assim, no outro dia, lá estava ele, sem saber bem o porquê, passeando entre as árvores de um cemitério. Percebeu que tudo ali era silêncio, quebrado apenas pelo canto de um ou outro passarinho, nos galhos das árvores do lugar.

Começou a caminhar entre os túmulos.

Aos poucos, sua atenção foi despertada pelos detalhes que começou a notar. Viu túmulos humildes e mal pintados; viu outros luxuosos, talhados em mármore fino e polido.

Viu ainda outros que pareciam pequenas catedrais, que tentavam, inutilmente, perenizar uma lembrança de alguém que se fora, há muito tempo atrás.

Começou a observar as inscrições, os epitáfios gravados nas pedras; ficou especialmente curioso pelas datas de nascimento e morte das pessoas.

Deu-se conta, olhando as fotos dos mortos que ali jaziam enterrados, que havia pessoas de todas as idades, de todas as cores, de todas as raças e de todos os níveis sociais.

Não pôde deixar de refletir sobre a efemeridade da vida e, ao sair dali, já pela noitinha, sentiu que algo que não sabia identificar ao certo o que era, havia mudado dentro dele.

Retornou ao médico, estranhamente mudado.

Não foi sem constrangimento que lhe relatou que, embora não soubesse explicar a razão, seus sintomas haviam desaparecido: não se sentia mais estressado, estava dormindo bem e até sentia "uma certa paz", que há muito, havia esquecido como era.

Por fim, confessou ao doutor que, depois de vinte anos sem tirar férias, deixara o paletó e a gravata de executivo e, na última semana, e fizera uma pescaria com a esposa e os filhos, alegre e revigorante para a família inteira.

O médico sorriu-lhe, satisfeito: "Vejo que a minha receita fez-lhe muito bem, pois você precisava confrontar-se com a morte, para voltar a valorizar sua vida! Pode ter certeza de que, a partir de agora, muitas outras pescarias, viagens e alegrias irão ser uma constante em sua vida". E apertou-lhe a mão, visivelmente feliz.

Pois bem, muita gente gasta seus dias para tão somente juntar dinheiro e, quando menos esperam, a vida passou, a velhice chegou e já não há mais tempo para mais nada.

Percebem que vazias viveram e vazias partirão para a grande viagem eterna.

Igualmente, muita gente se engana, pensando que os grandes tesouros e as grandes fortunas deste mundo estão depositados nos Bancos Centrais, nas jazidas de petróleo ou nas carteiras de ações das Bolsas de Valores do mundo inteiro.

Não percebem que as as maiores riquezas da humanidade estão simplesmente...enterradas nos cemitérios.

Ali estão sepultados não apenas ex-magnatas que foram os "donos" de todo o dinheiro que, prodigamente, juntaram, durante suas existências terrenas.

Estão sepultados também tesouros de sabedoria humana, sonhos maravilhosos, idéias que valiam milhões, fama, poder, glamour, respeitabilidade da mais alta magnitude.

Tudo transformado em cinzas.

Que tal refletir sobre isso e, se necessário, repensar suas prioridades?

E se for preciso, mudar enquanto é tempo, pois, de fato, "a vida trata a gente como a gente trata a vida"?

"Ensina-nos a contar os nossos dias, de tal maneira que alcancemos corações sábios"(Sal. 90.12).

Tony Ayres

8 comentários:

  1. Amei a reflexão...
    A vida realmente só devolve o que plantamos...
    Shalom...
    Taninha.

    ResponderExcluir
  2. NOSSA MUITO LEGAL TONY, UMA GRANDE LIÇÃO PARA TODOS NÓS,
    ABRAÇOS,
    PAULO...

    ResponderExcluir
  3. Taninha:

    Muito obrigado pela gentileza da visita e pelo comentário. Venha sempre que puder!

    Em Cristo.

    ResponderExcluir
  4. Caro Paulo:

    Sim, acredito que esta reflexão seja mesmo uma lição para muitos de nós.

    Deus o abençoe!

    ResponderExcluir
  5. Olá Tony,

    Gostei muito do texto, me fez lembrar a história de Naamã. Conheço um médico renomado: Jesus Cristo. Confesso, que de certa forma, já o mandei às favas. Misericórdia de mim, ó Senhor! Mas quão grande é o amor de Cristo. Hoje, pela Sua graça, alcancei perdão. Mas ainda necessito que Ele me cure de muitos males. E você, meu caro amigo, tem me transmitido a mensagem do Senhor.
    Espero que tenha paciência comigo.

    Forte abraço!

    Em Cristo,

    Wesley

    ResponderExcluir
  6. Caro Wesley:

    Ter paciência contigo...rsrs. Imagine; fico feliz, quando, nos dias de hoje, vejo jovens que pensam seriamente sobre a vida e optam pela fé em Jesus Cristo.

    Quando eu tinha a sua idade, também, por vezes, quis mandar o meu Senhor às favas. Mas Ele sempre teve misericórdia de mim.

    Eu tenho certeza de que, por muito que você adquira conhecimento humano, nunca abandonará o teu Mestre.

    Em Cristo.

    ResponderExcluir
  7. Isabel Lepschjulho 25, 2009

    Tony,Graças à Deus estou divorciada...meu ex me deixou sózinha com 4 filhos pequenos,após mudança de Florianopolis para o Rio...fiquei presa em casa,sem tel.,carro ou empregada...não tinha parentes para ajudar..meus pais falecidos e minha irmã faleceu no ano q mudei...e o meu ex-marido além de traições amorosas e até financeiras,foi morar com a mãe e parou de trabalhar como médico:quem me sustentou foi a mãe dele até eu poder fazer minha reciclagem médica e pós-grad.médica, e após dar 3 queixas na delegacia e no IML: o delegado perguntou:ele é alcoolatra ou viciado? não...era probl.psiquiatrico não tratado...consegui sózinha refazer minha vida,comprei meu terreno e construi minha casa,passei a pintar e trabalhar como médica,junto com meus 4 filhos q agora estão todos bem encaminhados pela graça de DEUS!
    COMO DISSE UM PASTOR Q É PSICOTER.:"Qual a diferença de um homem apanhando de um outro homem e uma mulher apanhando do marido?
    A vontade que dá, sinceramente, é chamar esses sádicos Q FALAM Q DEUS ODEIA O DIVÓRCIO, e propor um “mano-a-mano” com eles, “um rola-rola-sem-camisa”, e isto sem que eles possam ir fazer queixa na Delegacia. Sabe quantos viriam? Ah, minha irmã, nenhum deles!
    O que fazem em nome da suposição de que Deus ODEIA O DIVÓRCIO (o que no contexto de Malaquias tinha seu próprio significado), é coisa que Deus de fato ABOMINA, que é submeter um ser humano à indignidade, à violência e à brutalidade."HJ TRABALHO,TENHO MUITOS AMIGOS E IRMÃOS E PINTO BASTANTE...abçs...

    ResponderExcluir
  8. Querida Isabel:

    Fiquei feliz pelo seu testemunho. Realmente, sua história teria tudo para acabar mal, mas terminou bem, porque você confiou em Deus, não cruzou os braços e não deu ouvidos àqueles que não conhecem as tragédias matrimoniais.

    Desejo-lhe toda a felicidade que você merece!

    Em Cristo.

    ResponderExcluir

Seu comentário será exibido após examinado pela moderação.