30 junho, 2009

O QUE DIZ VOCÊ SOBRE SUAS DECISÕES NA VIDA?

michael jackson Refletindo sobre a morte de Michael Jackson, mais uma vez a minha crença de que Deus deu ao homem a permissão para ser responsável pelo seu próprio destino ganhou força dentro de mim.

Vieram à minha mente as histórias de dois meninos americanos negros, ambos oriundos de famílias pobres.

Um deles, muito cedo na vida se tornou famoso e, como consequência, ficou milionário e se tornou um ícone para o mundo da música, em todo o globo terrestre.

O outro, até um par de anos atrás, era completamente desconhecido, até mesmo em seu próprio país.

O primeiro deles escolheu permanecer uma eterna criança e essa escolha acabou por colocar um fim à sua própria vida.

O segundo perseguiu seus objetivos com maturidade e essa escolha fez com que se tornasse Presidente dos Estados Unidos da América.

Essa capacidade fazer a opção certa ou errada em termos de maturidade fez toda a diferença entre as vidas de Michael Jackson e Barack Obama.

A vida não é uma brincadeira. Você está preparado para fazer a opção correta?

Tony Ayres

WHAT ABOUT YOUR DECISIONS IN LIFE?

michael jackson Thinking about Michael Jackson's death, once more, my belief that God has given to man the permission to be responsible by his own destiny became stronger inside me.

Came to my mind the histories of two black American boys, both of them, with a poor background.

One of them sooner in life became famous and, as a result, earned a lot of money and his image reached the musical world around the globe.

The other, until a couple of years ago, was completely unknown, even in his own country.

The first of them choose to remain an eternal child and this choice has put an end on his life.

The second one pursued his goals with maturity and this choice made him Presidend of the United States of America.

This capacity of choosing the true or the wrong option in terms of maturity made all the difference between the lives of Michael Jackson and Barack Obama.

Life is not a joke. Are you ready to make the right decision?

Tony Ayres

28 junho, 2009

POLÊMICA: CALVINISMO OU TEÍSMO ABERTO?

abertura concilio O DESTINO ETERNO DE DEUS
COM QUEM DEUS VAI FICAR NO FINAL?

Inteiramente irrelevante para o resto do mundo, desenrola-se nos nossos dias um acirrado embate teológico que em nada fica devendo às elucubrações do escolasticismo medieval. O prêmio almejado por ambos os lados da discussão é o status de ortodoxia – a consagração de crença correta, oficial, credenciada, inquestionável e inquestionada. Em jogo está quem tem direito a usar a marca do verdadeiro cristianismo©. Com quem Deus vai ficar no final?

CALVINISMO
: Em defesa da soberania de Deus

Deste lado, pesando 400 anos e com treinadores peso-pesado como Martinho Lutero e Calvino, está o calvinismo, sistema teológico característico das igrejas de tradição reformada. Os títulos já dizem tudo sobre a sua origem histórica: o calvinismo ostenta ser extensão fiel da postura teológica geral da reforma protestante do século XVI – refletindo em especial o pensamento de João Calvino e de seus discípulos imediatos.

No que interessa para a nossa discussão é preciso dizer que o calvinismo enfatiza tanto a tremenda soberania de Deus (Deus faz o que quer) quanto a tremenda incompetência do homem (o homem é incapaz de fazer por si mesmo qualquer coisa de bom).

O calvinista crê encontrar na Bíblia que Deus é soberano, e entende com isso que o livre-arbítrio humano é coisa que não existe. O homem, atolado até o pescoço na fossa do pecado, não tem qualquer inclinação, capacidade ou independência moral para desejar a Deus, quanto menos o cacife para escolher tomar o lado divino a fim de encontrar a salvação. Os que são salvos são salvos por iniciativa inconcidional de Deus tomada na eternidade antes do tempo começar a se desenrolar – ou seja, não com base em qualquer mérito, disposição em mudar ou manifestação de fé do indivíduo favorecido.

A morte sacrificial de Cristo não beneficia toda a humanidade, mas apenas essa porcentagem de eleitos que Deus escolheu em sua misericórdia e sem precisar dar explicações a ninguém. Essa graça concedida em favor dos eleitos é “irresistível” – isto é, do mesmo modo que não fez nada para merecê-la, o predestinado não tem liberdade para rejeitá-la e vai acabar cedendo a ela na hora certa, e para sempre. Os outros, predestinados à destruição, não tem por um lado espaço de manobra para mudarem o seu próprio destino, por outro direito a reclamarem dele.

Não é sem fundamento bíblico que o calvinismo deita essas propostas aparentemente paralisantes e deterministas. O apóstolo Paulo, em particular, parece fornecer ampla credencial para cada um dos pontos defendidos pelos calvinistas. Para citar uns poucos exemplos:

Porque os que dantes conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos; e aos que predestinou, a estes também chamou; e aos que chamou, a estes também justificou; e aos que justificou, a estes também glorificou (Romanos 8:29-30).

...que nos salvou, e chamou com uma santa vocação, não segundo as nossas obras, mas segundo o seu próprio propósito e a graça que nos foi dada em Cristo Jesus antes dos tempos eternos (2 Timóteo 1:9).

Assim, pois, isto não depende do que quer, nem do que corre, mas de Deus que usa de misericórdia (Romanos 9:16).

O conceito de predestinação parece também ter feito parte integrante do discurso do próprio Jesus e de outras tradições apostólicas:

Se o Senhor não abreviasse aqueles dias, ninguém se salvaria; mas ele, por causa dos eleitos que escolheu, abreviou aqueles dias (Marcos 13:20).

Os gentios, ouvindo isto, alegravam-se e glorificavam a palavra do Senhor; e creram todos quantos haviam sido destinados para a vida eterna (Atos 13:48).

Ancorado nessa qualidade de testemunhos o calvinismo sustenta que a soberania divina deve ser entendida em termos de um controle firme de Deus sobre as rédeas da história. A liberdade de escolha de que o homem crê desfrutar é ilusória, visto que o desenrolar do enredo, em especial no que diz respeito a baixas e resgates individuais, já foi definido por Deus antes das câmeras começarem a rodar.

As particularidades do sistema calvinista refletem com exatidão as condições ideológicas do mundo em que nasceu. A reforma protestante levantou-se em grande parte como reação aos abusos teológicos, sociais e políticos da igreja católica do seu tempo. Os reformadores mostravam particular indignação para com a obsessão circular da igreja católica com as “boas obras”, obras alegadamente meritórias e/ou sacrificiais através dos quais o adorador podia garantir – e muitas vezes comprar – a sua salvação. Os reformadores criam, e com acerto, que o Deus da Bíblia não admite barganhas; ele exige performance mas não aceita subornos e não reconhece méritos, promovendo a reconciliação exclusivamente através de sua própria postura cavalheiresca, a que os autores do Novo Testamento dão o nome de graça.

O calvinismo é o resultado de se levar a idéia de predestinação às suas últimas conseqüências lógicas. Se Deus predestinou, a graça é irresistível. Se Deus predestinou, não foi para todos que Jesus morreu. Se Deus predestinou, a liberdade humana é uma ilusão e uma farsa. Se Deus predestinou, ele conhece o futuro por inteiro e a história está pronta – apenas não terminou de ser filmada.

TEÍSMO ABERTO: Em defesa da liberdade

Deste lado, pesando menos de 30 anos mas alegando ser a reencarnação de um espírito muito anterior ao nascimento do calvinismo, está o teísmo aberto, batizado com esse nome em 1980 pelo adventista Richard Rice. O teísmo aberto traz à tona idéias que já circulavam sob alguma forma no pensamento de Jacobus Arminius, de John Wesley e de diversos teólogos do século XIX, porém aplica-lhes um matiz muito peculiar e arma-se de novos argumentos.

O teísmo aberto fundamenta-se na premissa de que muitos dos dogmas do teísmo clássico (e portanto do calvinismo) não tem sua origem na Bíblia ou na tradição dos apóstolos, mas são fruto de uma assimilação sacrílega de conceitos importados da filosofia grega. É o pensamento grego clássico e não a Bíblia – sustentam eles, e com acerto – que descreve Deus como sendo imutável, impassível e fora do tempo.

Seus partidários enfatizam que “atributos” de Deus como onisciência e onipotência não aparecem na Bíblia com esse nome, sendo generalizações posteriores forjadas a partir de indicações muito cautelosas dos autores bíblicos; mesmo o conhecido título de “Todo-Poderoso” é resultado da tradução arbitrária de uma expressão hebraica cujo significado original se perdeu. O Deus descrito na Bíblia é por um lado tremendamente poderoso, sábio e constante, por outro prefere definir-se por qualidades de auto-esvaziamento como misericórdia, tolerância e amor.

Em contraste com o calvinismo, o teísmo aberto enfatiza o caráter relacional de Deus (Deus desce da sua soberania para inaugurar um relacionamento aberto com o homem) e a liberdade e a responsabilidade humanas (Deus concedeu verdadeiro livre-arbítirio ao homem).

O partidário do teísmo aberto crê encontrar na Bíblia que Deus concedeu autonomia mais do que ilusória ao homem, e entende com isso que Deus não pode ser soberano como o classificam os calvinistas. O homem não pode salvar-se por si mesmo da sua condição, mas Deus desce da sua grandeza para convidar o homem a estabelecer um relacionamento livre com ele. Embora seja no fim das contas salvo apenas pela conduta galante e inclusiva de Deus, cabe ao homem rejeitar ou aceitar o convite para o abraço de reconciliação.
A morte sacrificial de Cristo beneficia de forma potencial toda a humanidade, porque o futuro permanece em aberto e enquanto vive o homem pode aceitar o convite da graça – convite esse que é tremendamente atraente mas não irresistível, já que Deus achou por bem relacionar-se com agentes livres e não com (a imagem é recorrente na argumentação dos teístas abertos) marionetes.

Todos estão portanto “predestinados” à salvação, mas o homem é livre para recusar esse destino glorioso e, como o Don Giovanni de Mozart, dizer no! ao mais sedutor dos apelos e abraçar voluntariamente o inferno. Como resultado dessa terrível liberdade que concedeu ao homem, Deus não tem como conhecer todos os detalhes do futuro – daí a corrente definir-se por uma visão “aberta” de Deus.

O Deus do teísmo aberto está inserido na história e não num inconcebível lugar fora do tempo; é um Deus que sofre e se relaciona; que está aberto ao diálogo e a mudar de opinião. É um Deus que, basicamente, recusou-se a viciar os dados e resolveu correr o risco da rejeição, na esperança de poder experimentar o verdadeiro amor.

Também não é sem fundamento bíblico que o teísmo aberto define suas proposições. O Deus da Bíblia sente-se muito à vontade no fluxo da história; as Escrituras judaico-cristãs fornecem abundante testemunho de Deus cedendo a pedidos, experimentando surpresa e desapontamento e mudando de idéia a partir da perfomance humana – incidentes que parecem contradizer a visão determinista do calvinismo. Inúmeros textos bíblicos enfatizam a responsabilidade humana no processo de salvação e o caráter relacional e recíproco das alianças de Deus com o homem. Algumas passagens chegam a falar de gente rejeitando trágica e deliberadamente (precisamente como Don Giovanni) o desígnio de Deus para suas vidas.

Arrependo-me de haver posto a Saul como rei; porquanto deixou de me seguir, e não cumpriu as minhas palavras (1 Samuel 15:11).

O Senhor se arrependeu de haver constituído Saul rei sobre Israel (1 Samuel 15:35).

Viu Deus o que fizeram, como se converteram do seu mau caminho; e Deus se arrependeu do mal que tinha dito lhes faria, e não o fez (Jonas 3:10).

Os céus e a terra tomo, hoje, por testemunhas contra ti, que te propus a vida e a morte, a bênção e a maldição; escolhe, pois, a vida, para que vivas, tu e a tua descendência (Deuteronômio 30:19).

Quem crer e for batizado será salvo; quem, porém, não crer será condenado (Marcos 16:16).

Deus deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade (1 Timóteo 2:4 ).

Ora, é para esse fim que labutamos e nos esforçamos sobremodo, porquanto temos posto a nossa esperança no Deus vivo, Salvador de todos os homens, especialmente dos fiéis (1 Timoteo 4:10).

Mas os fariseus e os intérpretes da Lei rejeitaram, quanto a si mesmos, o desígnio de Deus, não tendo sido batizados por ele (Lucas 7:30).

Ancorado nessa qualidade de testemunhos o teísmo aberto sustenta que a soberania divina deve ser entendida como uma supervisão geral do Deus poderoso sobre uma história que ainda não está pronta. No fluxo dessa narrativa Deus intervém, mas não manipula; age, mas não condena ninguém ao inferno. A liberdade do homem é terrivelmente real, refletindo a liberdade do próprio Deus; é o encontro dessas liberdades que qualifica o tipo de relacionamento que Deus propõe experimentar com o homem. Deus não escolhe se definir pelo seu tremendo poder, mas pelo esvaziamento de poder, conforme exuberantemente manifesto na encarnação e na carne de Jesus.

As particularidades do teísmo aberto refletem com exatidão as condições ideológicas do mundo em que nasceu: o nosso. Desde meados do século XX a posição político-ideológica prevalente no ocidente e em suas colônias é essencialmente libertária, isto é, glorifica a autodeterminação. A liberdade de decisão é o único valor inegociável da nossa cultura, e qualquer relação entre dois agentes é concebível, desde que seja consensual. Como resultado, nenhuma relação não-consensual nos parece legítima. Pela lógica libertária, dizer graça irrestível é o mesmo que dizer graça nenhuma. O determinismo calvinista incomoda os teístas abertos não apenas por negar a liberdade do homem, mas por limitar a liberdade de Deus. Entendem eles que o Deus da Bíblia é poderoso não por dirigir a história com punho de ferro, mas por garantir um resultado final positivo sem dobrar-se à solução fácil que seria controlar todas as variáveis.

O teísmo aberto é o resultado de se levar a idéia da predestinação às suas últimas conseqüências lógicas. Se Deus predestinou, a liberdade humana é uma farsa. Se Deus predestinou, Jesus morreu para beneficiar uma elite arbitrária de eleitos, o que é moralmente inaceitável e incompatível com o caráter amoroso e inclusivo de Deus revelado no tom geral da Escritura. A missão do sistema do teísmo aberto é libertar Deus das amarras da sua soberania e a devoção cristã das contradições impensáveis do determinismo.

CAÇADORES DE CONSEQÜÊNCIAS

O arcabouço dessa disputa precede em muito o cristianismo, visto que reflete a discussão, já presente entre os pensadores da Antiguidade, sobre a atordoante possibilidade (e a ainda mais atordoante possibilidade da impossibilidade) do livre-arbítrio. Em vocabulário ou mitologia contemporâneos, costuma-se especular até que ponto o comportamento do ser humano é determinado pela genética (como defende a sociobiologia) ou pela influência do meio (como sustentam muitas correntes da psicologia). Se (digamos) metade do nosso comportamento é determinado pela herança genética e a outra metade pela interação com o meio, restará espaço para o livre-arbítrio? A ciência, domínio para a qual transferiram-se desde o Iluminismo discussões metafísicas dessa natureza, não apresenta resposta unânime. Richard Dawkins e outros expoentes menos preconceituosos da ciência cognitiva tomam hoje por absolutamente certo que o livre-arbítrio humano é uma ilusão. Por outro lado, no universo selvagem da incerteza quântica simplificações como o determinismo é que parecem inconcebíveis.

Para calvinistas contemporâneos e teístas abertos, que procuram propor e responder a questão em termos de um outro tempo, a importância do embate entre soberania de Deus e livre-arbítrio fica clara quando se consideram as terríveis conseqüências lógicas, morais e ideológicas, de se abraçar a doutrina oposta.

Os teístas abertos começaram a ganhar terreno e adeptos denunciando, basicamente, o que vêem ser as abomináveis conseqüências morais do calvinismo. Para aceitar o calvinismo da ortodoxia, argumentam eles, é preciso endossar uma série de noções teológicas incompatíveis com o caráter generoso e relacional de Deus. Por exemplo: [1] que Deus é o único responsável pelo mal, [2] que Deus está mentindo quando dá entender que o homem é responsável por suas ações, [3] que a oração de súplica é uma farsa perversa, visto que o futuro é imutável e Deus não pode ser persuadido a mudar de idéia, [4] que de nada adianta pregar a boa nova, visto que os eleitos acabarão encontrando a luz de uma forma ou de outra, [5] que não existem injustiças sociais ou morais, visto que cada baixa de todas as guerras e de todas as pobrezas estavam previstas no roteiro original do próprio Deus.
Os calvinistas rebatem com o que creem ser as inadmissíveis conseqüências teológicas do teísmo aberto. O Deus do teísmo aberto é, reclamam eles: [1] menos do que onisciente, porque não conhece o futuro, [2] menos do que onipotente, porque não será capaz de impor a sua vontade se estiver restringido pela liberdade humana, [3] menos do que absoluto e eterno, por estar sujeito ao avanço linear do tempo no próprio universo que criou e [4] menos do que onipresente, porque o futuro não é uma realidade presente para ele.

Como demonstram essas séries muito simplificadas de objeções de ambos os lados, a preocupação fundamental dos teístas abertos é defender a bondade de Deus; a dos calvinistas é defender seus atributos.

Significativamente, um embate quase nos mesmos termos desenrolou-se há quase cinco séculos entre dois influentes pensadores cristãos, Martinho Lutero e Erasmo de Rotterdam, que trocaram acalorada correspondência sobre o assunto. Erasmo era ardente defensor da bondade de Deus, Lutero da sua soberania. Da mesma forma que calvinistas contemporâneos e teístas abertos, e quase com os mesmos raciocínios, ambos enxergavam com clareza as falhas teológicas e morais da posição do outro. Em determinado momento, desconcertado com a argumentação inclemente do seu oponente e resumindo sua expectativa e sua postura, Erasmo implorou a Lutero numa carta: “Deixe Deus ser bom”. Sem ceder um passo, Lutero retrucou em seguida, resumindo as suas: “Deixe Deus ser Deus”.

FOGUEIRAS VIRTUAIS: O martelo dos blogueiros

Esse é o tipo de discussão teológica que até dez anos atrás estava confinada a corredores acadêmicos e periódicos de seminário, avançando devagar e um artigo atrás do outro, longe dos olhos do público geral. Graças aos canais fáceis da internet, a altercação adquiriu um novo ardor e acendeu uma nova inquisição.

A disputa entre a doutrina calvinista e o teísmo aberto desenrola-se hoje em dia em blogs, fóruns de discussão, mailing lists, comunidades do orkut e mensagens reencaminhadas de e-mail. Nenhum líder tupiniquim chegou, que eu saiba, a abraçar abertamente o teísmo aberto, mas a doutrina calvinista conta com defensores pugnazes como a tradutora Norma Braga e os austeros pastores do blog O Tempora, O Mores (que assinam com a intimidadora advertência Very Strong Opinions).

Acusados com freqüência de flertar com o teísmo aberto são os líderes evangélicos que ousaram lamentar as conseqüências morais do calvinismo e opinar que a realidade talvez não seja tão simples. Em particular os impenitentes Ricardo Gondim, da Igreja Assembléia de Deus Betesda, e Ed René Kivitz, da Igreja Batista da Água Branca, sofrem pesado patrulhamento ideológico dos reformados. Tudo que esses dois dizem que pode representar alguma ameaça à ortodoxia calvinista – e eles dizem muita coisa do gênero: por exemplo, aqui e aqui – é imediatamente desconstruído pelos seus oponentes nos fóros virtuais que mencionei (por exemplo, aqui).

Os reformados acusam Gondim e Kivitz, no âmbito ideológico, de relativismo, que consiste na desconfiança tipicamente pós-moderna a posições doutrinárias categóricas e absolutas; no âmbito moral, de dissimulação, denunciando a hesitação da dupla em assumir publicamente que abandonou a ortodoxia em favor de uma doutrina alternativa – confissão que tornaria mais fácil o trabalho de desclassificá-los como hereges. Acusam-nos de não entender a verdadeira doutrina calvinista, na qual soberania de Deus e responsabilidade humana não são incompatíveis. Acusam-nos de falta de objetividade, confusão essencial e raleza de argumentação. Pelo que conheço dos dois (são meus amigos) essas acusações podem muito bem ter fundamento. Gondim e Kivitz, cujas idéias estão condenadas à reformulação eterna, escolheram o impalpável caminho da precariedade, que é tão largo que são poucos os que entram por ele. Sua fé diz mais a respeito às suas dúvidas do que às suas certezas; isso cria um precedente que é essencialmente destrutivo à supremacia da ortodoxolatria e precisa ser por essa razão eliminado pelos que se preocupam com esse tipo de coisa.

O EVANGELHO DA COMPARAÇÃO

Como Gondim e Kivitz, prefiro a confortável posição de denunciar o calvinismo sem endossar a doutrina do teísmo aberto – doutrina que é no fim das contas tão limitante e extrema quanto a que pretende invalidar. Agir diferente seria glorificar uma ortodoxia em detrimento da outra; desmanchar um ídolo para colocar outro no lugar. Responder com contra-argumentações às objeções dos reformados seria concordar com eles na sua pressuposição fundamental (e mais sem fundamento), de que a razão e o raciocínio dedutivo podem produzir conclusões acuradas a respeito do mecanismo de Deus.

Isso porque a falta essencial que os calvinistas encontram no teísmo aberto e na teologia racional é de lógica. Seus defensores prestam culto à lógica formal, seguindo implacavelmente de suas próprias premissas a conclusões estanques:

PREMISSA: DEUS É ETERNO POR NATUREZA

• Como Deus é eterno por natureza, Deus não é restrito nem está contido no tempo.
• Como Deus criou o universo, e como Deus não é sujeito ao tempo, e como o universo opera dentro do tempo, Deus também criou o tempo quando criou o universo.
• Como Deus criou o tempo, ele existe fora do tempo e não está sujeito às suas propriedades e limitações.

PREMISSA: DEUS É ONIPRESENTE

• A onipresença de Deus não é restrita pelo tempo porque Deus, por natureza, não é restrito pelo tempo.
• Como Deus não é restrito pelo tempo, e como ele é o onipresente, o futuro é uma realidade presente para Deus.
• Como está em todos os lugares e em todos os instantes do tempo, Deus conhece todas as coisas, até mesmo as futuras escolhas de suas criaturas.

E assim por diante.

Porém o que alguém está realmente dizendo quando recorre a abstrações como “Deus é eterno por natureza”? O que é ser eterno por natureza? O raciocínio pode ser considerado um guia claro para a natureza da eternidade? O que é ser onipresente? Pode Deus estar presente em lugares que não existem? O futuro é um lugar? O futuro existe? Faz sentido falar do futuro como algo além de possibilidade? Faz sentido esperar que a perspectiva do tempo seja capaz de produzir vislumbres acurados sobre a natureza da eternidade? Faz sentido esperar que Deus faça sentido racional? Podemos tirar conclusões seguras a respeito de Deus a partir do raciocínio dedutivo?
Muda às exigências das teologias, a Bíblia não se rende em momento algum às pretensões da lógica formal, fornecendo testemunho distinto tanto em favor da inquestionável autonomia de Deus quanto da liberdade e da responsabilidade do homem. Do ponto de vista dos autores bíblicos uma coisa não nega necessariamente nem impõe limites à outra; ninguém precisa sair em defesa da bondade ou da soberania de Deus apenas para passar a ferro contradições aparentes, resultado da limitação do nosso ponto de vista. O mesmo Jesus que sugere que o Pai pode ser persuadido pela insistência pura e simples garante que Deus mantém o inventário até mesmo dos cabelos que nos caem da cabeça. Jesus, que sustentava que o domínio de Deus só pode ser vislumbrado a partir de comparações – “a que compararei o reino de Deus?” – cria que não é preciso escolher entre um Deus que muda de idéia e um Deus que está no controle de tudo; entre um Deus que resgata soberanamente e sem motivo e um Deus que concede autonomia e exige responsabilidade. Esses, provoca Jesus, são o mesmo Deus, e só permanecem incompatíveis enquanto nos dobramos ao apelo, sempre enganador em questões espirituais, da razão.

Certo é que o Deus da Bíblia, que recusa-se à rebaixar-se à lógica, não hesita em definir-se consistentemente por uma história de relacionamento com a sua criação. O homem teomórfico de Gênesis prefigura o Deus antropomórfico dos evangelhos. Entre uma capa e outra da Bíblia repousa o abraço terno desses dois. A mensagem consistente da voz ou das vozes bíblicas parece ser que a verdade de Deus só pode ser experimentada adequadamente pelo relacionamento – jamais pela razão, pela doutrina ou pela lei, que são símbolos ou intermediários.

A verdade cristã (“eu sou o caminho, a verdade e a vida”) é, desconcertantemente, uma pessoa com a qual podemos nos relacionar, não uma série de enunciados lógicos que possamos apreender através da razão. Como qualquer pessoa em qualquer relacionamento, a verdade cristã pode ser inquestionavelmente abraçada, jamais explicada ou entendida.

É nisso que reside a falha fundamental de sistemas estanques como o calvinismo e o teísmo aberto: não em alguma lógica interna deficiente, como quer tentar nos convencer o debate entre ambas as partes, mas na deficiência inerente da própria lógica para explicar as bases e o mecanismo de qualquer relacionamento, quanto mais a mais atordoante das paixões.

O efeito dessa nossa obsessão em precisar o conteúdo intelectual da verdadeira fé está em que enquanto fazemos isso conseguimos manter Jesus irrelevante para o restante e vasta maioria do mundo. A impressão que passamos é que a coisa mais útil e importante que o cristão pode fazer é definir intelectualmente e sem arestas a forma como Deus funciona e em seguida defender a todo custo o seu ponto de vista. O conteúdo revolucionário da mensagem de Jesus não chega a ser sequer levado em consideração, já que usamos a teologia como cortina de fumaça para não termos que encará-lo de frente. Enquanto tentamos determinar quem Deus vai endossar no final, não somos obrigados a enfrentar o impensável desafio que seria endossarmos os desafios dele.

PAULO BRABO
WWW.BACIADASALMAS.COM

Fonte: Site de Ricardo Gondim http://www.ricardogondim.com.br/Artigos/artigos.info.asp?tp=69&sg=0&id=1284

26 junho, 2009

PADRE FÁBIO DE MELO: ALVO DA INTOLERÂNCIA EVANGÉLICA?

1_20081025002143Algo que tem me incomodado muito, ao longo de minha vida cristã, é a intolerância, que muitas vezes tenho visto, em meio às nossas igrejas evangélicas.

Achamos que somos os donos da verdade e, inconscientemente, adotamos a "teologia do canudo divino": imaginamos que Deus, lá nos céus, olha aqui para a Terra através de um longo canudo, em forma de uma luneta (ou se, preferirem, em forma de um biju ao contrário).

A imagem até seria admissível, se não estivéssemos (muitos, em nosso meio) convencidos de que a parte larga do "canudo divino" abre-se, exatamente, sobre o teto de nossa igreja.

Assim, nos enganamos, com a falsa idéia de que "quem estiver sob a proteção do canudo, é crente e está salvo. Quem estiver fora, está errado e, se não se converter, está irremediavelmente perdido".

Dessa forma, obedecendo às nossas frágeis "tabuinhas da lei", somos muito ágeis em apontar o dedo e colocar na cadeira dos réus a quem, muitas vezes, não merece.

Exemplo dessa discriminação é o jovem padre Fábio de Melo, que já tem sido "acusado pelos crentes" de todas as partes do Brasil.

Dia desses, ganhei de presente um de seus CD's e, honestamente, o que pude observar foi: música da melhor qualidade, muita sensibilidade, poesia tocante e uma profunda devoção a Jesus e às coisas de Deus.

A comparação foi inevitável. Desejei que, pelo menos a metade, dos chamados "cantores gospel", tivessem a qualidade musical e o testemunho de vida desse rapaz, filho de um pedreiro e uma dona de casa, nascido na pequena cidade de Formiga, no estado de Minas Gerais.

Mas, os nossos desejos quase sempre contrapõem-se com a realidade que temos de enfrentar.

Esperemos que outros "Fábios de Melo" surjam no meio evangélico e os que agora já existem (porque sempre temos as exceções), combatam o "bom combate" em defesa da fé, através da música de qualidade e de igual testemunho de vida.

NEle, que a ninguém discrimina,

Tony Ayres

25 junho, 2009

A VOZ QUE ATRAIU MULTIDÕES

Preacher5 Aquele era de fato um homem admirável. Sua palavra era forte e cortante. Não transigia em seus princípios. Estampava em seu rosto uma fisionomia decidida e o estranho brilho de um cativante olhar de alguém que sabia que tinha uma missão a ser cumprida.

Não usava traje social nem roupa de grife alguma. Ao contrário, era muito simples. Decididamente, sua indumentária em nada contribuía para a sua imagem e comunicação.

No entanto, era carismático. Seus discursos atraíam multidões, que sorviam suas palavras penetrantes, assim como a esponja absorve a água.

Seus hábitos eram muito simples, por vezes, estranhos. Não freqüentava restaurantes famosos, nem comia em cozinhas suntuosas.

Seu alimento era sui gêneris, totalmente natural, considerado por muitos, esquisito até, e de mau gosto.

Mas dava-lhe uma enorme força.

Poderia escolher lugares badalados para fazer as suas disputadíssimas preleções. No entanto, escolhia os mais desertos.

Mesmo assim, as multidões acorriam para ouvi-lo.

Quiseram fazê-lo importante, achar-lhe um título nobre, torná-lo um líder, mas ele recusou tudo isso, terminantemente.

Ficaram curiosos, então. De onde provinha tanto poder nas palavras e tanta sabedoria? Seria um excêntrico sábio, vestido de uma "pele rude", a fim de resguardar sua identidade?

Criaram coragem e começaram a perguntar-lhe: "Você é um doutor?" "É um sociólogo?" "Por acaso, seria você um vidente sensitivo?" "É um antropólogo"? "Um cientista político, talvez?"

E assim as perguntas se multiplicavam. Mas a resposta a todas elas era, indefectivelmente, um retumbante NÃO.

Perderam, então, a paciência:

Decidiram, acabar com aquela curiosidade mórbida: "Se você não é nada do que julgamos ser, mas encanta-nos com as suas palavras, abra então o jogo: Diga-nos, de uma vez, que é você, afinal?"

Alguns momentos de silêncio, enquanto o seu olhar percorria a multidão. Finalmente, sua boca se abriu para dar a resposta que calou todas as outras:

"Eu sou a voz que clama no deserto".

Sim, querido leitor. Aquele pregador rústico e autêntico não reivindicou para si nenhum título de bispo, de apóstolo ou de profeta.Tampouco, púlpitos majestosos ou extensos horários na televisão.

Tudo o que ele queria era ser "uma voz que clama no deserto" e anunciar, em meio ao deserto, a chegada de seu Senhor.

Quando quiseram fomentar a inveja em seu coração, contando-lhe a respeito do "noivo", que, segundo eles, roubava-lhes os adeptos dele, que era "o amigo do noivo", respondeu, seguramente:

"É necessário que ele cresça e que eu diminua" (Jo. 3.30)

Sabia que a glória não era para si e sim para aquele de quem ele não se sentia digno de desatar as sandálias dos pés.

Compare a atitude deste homem com as atitudes de muitos "homens de Deus" que você conhece, hoje.

Sem dúvida, há de ficar claro para você porque a Igreja sofre tanto e você acabará por entender o que quis dizer Ghandi, depois de ter lido o Novo Testamento:

"Admiro o vosso Cristo, mas abomino o vosso cristianismo".

Soli Deo Gloria

Tony Ayres

22 junho, 2009

OS VATICANOS EVANGÉLICOS ESTÃO CHEGANDO AO FIM

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A nova realidade que a chegada dos tempos pós-modernos desenhou, trouxe consigo novas tecnologias, novos avanços na medicina, novas descobertas científicas, novos métodos de trabalho e, como resultado disso, uma nova mentalidade ou, em outras palavras, uma nova forma de se enxergar o mundo e a existência humana.

Uma consequência natural desse estado de coisas tem sido o aumento gradual, mais sempre contínuo, do nível de consciência crítica das pessoas, que tem se tornado cada vez mais sólidas, em suas preferências; e muito menos susceptíveis à manipulações.

Os cristãos evangélicos não têm ficado de fora, absolutamente, dessas mudanças culturais. Nem permanecido inocentes, crédulos ou desprovidos do discernimento humano (porque o espiritual, sempre tiveram) do qual, tradicionalmente careciam.

Os tempos pós-modernos têm aberto seus entendimentos e suas percepções para fatos que, anteriormente, não conseguiam enxergar, mas que agora vêem claramente; uma vez que (está provado), ninguém passa incólume, pelas novas tecnologias.

Uma prova disso é a própria criação da UBE (União dos Blogueiros Evangélicos), cujo objetivo primordial é evangelizar por meio da blogosfera,mas que, surpreendentemente, têm demonstrado que, tanto os cristãos eruditos, como os muitos simples, estão familiarizados com o uso do computador.

EM QUE ESSAS MUDANÇAS PODEM AFETAR A IGREJA?

Como referido acima, essas mudanças trouxeram para os cristãos evangélicos, uma nova consciência crítica.

Delineia-se, agora, uma nova realidade sem volta.

Pode-se referir, metaforicamente, a ela, com as palavras bíblicas do ex-cego de nascença: "eu era cego e agora vejo".

Os crentes começaram a descobrir que não desejam mais ser massa de manobras, currais eleitorais ou moedas políticas; papéis que, antes, ainda na "ignorância crédula", inconscientemente, protagonizavam, garantindo, com isso, as benesses de uma elite evangélica privilegiada.

CONCLUSÃO

A conclusão a que chegamos, observando o momento histórico em que vivemos, é que; se, por um lado, a pós-modernidade, negativamente, trouxe um certo arrefecimento no grau de espiritualidade dos cristãos; por outro, positivamente, proporcionou-lhes um grande benefício.

Esse benefício fez com que "caíssem as escamas de seus olhos" e que descobrissem que não desejam mais prestar-se ao papel de "inocentes úteis", patrocinando a perpetuação de dinastias evangélicas.

Está se aproximando a hora de a Igreja viver apenas a Palavra, pelo poder e autoridade da Palavra e nada mais do que a Palavra.

Para o bem do rebanho de Cristo, farto de ambições de homens que desejam concentrar nas mãos apenas o poder político e de manipulação dos pequeninos; as dinastias e os "vaticanos evangélicos" estão chegando ao fim.

"...Sabeis que os que julgam ser príncipes dos gentios, deles se assenhoreiam, e os seus grandes usam de autoridade sobre elas;
Mas entre vós não será assim; antes, qualquer que entre vós quiser ser grande, será vosso serviçal; E qualquer que dentre vós quiser ser o primeiro, será servo de todos"
( Mc.10.42-44).

Soli Deo gloria

Tony Ayres

19 junho, 2009

TESTE DE FÉ. VOCÊ TEM CORAGEM DE FAZÊ-LO?

Escada de Jacó A Bíblia Sagrada nos mostra, através de suas páginas, muitos homens e mulheres de Deus orando em diferentes situações e circunstâncias.

Seria de uma riqueza imensa fazermos um estudo sobre todas elas. Mas, para não cansarmos os queridos irmãos que nos lêem, fazemos aqui a menção de apenas duas.

Leia-as com atenção e medite em cada uma delas:

1. A ORAÇÃO DE JACÓ

"...Se Deus for comigo, e me guardar nesta viagem que faço, e me der pão para comer, e vestes para vestir; E eu em paz tornar à casa de meu pai, o Senhor me será por Deus" (Gên. 28.20-21).

2. A ORAÇÃO DE HABACUQUE

"Porque ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; ainda que decepcione o produto da oliveira, e os campos não produzam mantimento; ainda que as ovelhas da malhada sejam arrebatadas, e nos currais não haja gado; Todavia eu me alegrarei no Senhor; exultarei no Deus da minha salvação" (Hc. 3-17-18).

Agora, por favor, consulte o seu coração e veja qual dessas duas orações você está disposto(a) a fazer.

A primeira delas (a de Jacó) é uma oração feita no condicional, indicado pela partícula "SE". Uma paráfrase possível, para os cristãos de hoje, poderia ser mais ou menos assim:

"...Se Deus for comigo e me guardar por onde eu andar, e me der um bom emprego, um ótimo salário, um apartamento amplo e bem acabado num bairro nobre, para eu morar; e me der condições de eu ter um carro zero quilômetro importado para eu viajar, e roupas finas, caras e "de grife" para eu me vestir; e uma poupança gorda e suficiente para eu viver em paz, o Senhor me será por Deus".

Já a segunda (a de Habacuque), é uma verdadeira oração de fé, feita na segurança do "a despeito de", e não na imposição de condições do "se" isso, ou "se" aquilo. Veja uma possível paráfrase, para os dias de hoje:

"Porque ainda que me falte o emprego, nem eu possua mais salário, ainda que os meus bens sejam arrestados e eu não tenha lugar certo para morar; ainda que nenhum banco me dê algum crédito e a a minha despensa fique vazia; ainda que eu não tenha nada para comer e tenha que me tornar um morador de rua. Todavia eu me alegrarei no Senhor, exultarei no Deus da minha salvação".

Agora, depois de consultar o seu coração, sem mentiras nem hipocrisias para com a sua própria pessoa; e sem racionalizações nem relativismos, responda honestamente para si mesmo: "Qual das duas orações eu estou disposto(a) a fazer, por amor a Jesus?"

Embora isso seja apenas um exercício hipotético, sem dúvida, lhe mostrará que tipo de fé você tem, qual é a natureza de sua confiança em Deus e qual é o nível espiritual no qual você vive.

Que Deus o abençoe!

Tony Ayres

17 junho, 2009

O PERIGO DO INCONSCIENTE

astra2005_1 Todos nós já ouvimos a expressão: "entrei numa roubada", sem refletir o que ela, na verdade, representa, tanto em relação ao seu significado, quanto em relação à amplitude desse significado.

Por mais contraditório que isto possa parecer, não é incomum, por exemplo, um indivíduo, levado por um impulso irresistível, comprar aquele carro que lhe parece de "seus sonhos", e rodar com ele, feliz, por alguns dias ou algumas poucas semanas.

A "felicidade" do sonho despenca na realidade, quando ele recebe o carnê de pagamento das prestações e percebe que contraiu uma dívida de 60 meses ou cinco anos. Tem, então, a percepção de que "entrou numa roubada".

O caso do carro comprado por impulso é ainda muito menos grave, no entanto, do que um casamento realizado em iguais circunstâncias. Os enamorados justificam-no como "paixão à primeira vista" e não submetem os próprios sentimentos à confiável prova do tempo.

O chamado "efeito halo" (entenda halo, aqui, como aquela auréola circular que aparece sobre a figura ou imagens de santos) impede que a pessoa "apaixonada" enxergue qualquer defeito no ser amado, que é, obviamente, o par perfeito ou, em outras palavras, "a outra metade da laranja".

Somente quando o tempo arrefece a paixão é que o roncar enquanto dorme, as toalhas molhadas abandonadas no chão do banheiro, os tubos de pasta esquecidos destampados e os desleixos para com a própria aparência, além de, talvez, uma crônica instabilidade no trabalho; acabam por mostrar "a roubada" em que se entrou.

Os dois exemplos mencionados acima foram propositalmente colocados aqui para demonstrar que o ser humano é, na realidade, guiado pelo inconsciente, e não por sua porção racional e consciente como se supunha, até o advento da Psicanálise.

E QUAL SERIA A IMPORTÂNCIA DISSO?

Creio que o simples fato de ter consciência dessa realidade pode impedir-nos de cometer enganos grosseiros, alguns deles, muito difíceis de serem reparados. Temos que ter em mente que a vida é uma dádiva divina, mas que deve ser vivida com liberdade e responsabilidade.

Um casamento precipitado, por exemplo, realizado com a pessoa errada, geralmente acaba tendo consequências que se perpetuam no tempo, como a geração de filhos, que serão vítimas inocentes de cabeças que não pensaram direito sobre uma decisão crucial na vida.

O CASO ESPECIAL DA REPRESSÃO

Fechamos, agora, as lentes de nossa reflexão para o caso específico da repressão, muito típico de igrejas evangélicas exageradamente legalistas, que produzem doentes emocionais em série.

Geralmente esses doentes são pessoas que se tornaram neuróticas, não por causa do ensino bíblico verdadeiro e saudável; mas por serem ensinadas por pastores que ensinam a Bíblia de acordo com a "cartilha eclesial" na qual eles mesmos foram ensinados, perpetuando, dessa forma, a doença emocional que se manifesta como neurose, cujo principal motivo é a repressão.

Essa repressão acaba por abarcar toda a vida dessas pessoas, manifestando-se, principalmente, como repressão sexual, repressão cultural, maniqueísmo religioso, visão engessada e unilateral; forte tendência ao julgamento e à condenação, inflexibilidade, couraças de caráter e, finalmente, sintomas psicossomáticos, sob diversos tipos de doenças físicas.

A LEI DOS CONTRÁRIOS

Tudo o que dissemos acima é muito perigoso por causa da daquilo que C.G. Jung chamou de lei dos contrários, uma vez que a psique humana está sujeita a auto-regulação.

Isso significa que se a pessoa neurótica (reprimida) não for devidamente tratada, essa repressão, muito provavelmente virá à tona exatamente pelo seu contrário.

Essa é a razão pela qual vemos, tantas vezes, pastores ou líderes eclesiásticos, conhecidos como verdadeiros homens de Deus, caírem, de repente, na mais rasteira formas de adultério e outros desvios sexuais.

Isso, na melhor das possibilidades. Na pior delas, podem se tornar apóstatas e até mesmo ateus confessos, passando a viver de uma maneira que constitui exatamente o contrário do que viveram até então.

Importante é ressaltar que não apenas pastores estão sujeitos a essa "mutação" moral; mas qualquer pessoa doutrinada de uma forma exageradamente legalista.

CONCLUSÃO

Concluímos este post lembrando o dito do antigo filósofo: "in medium virtus" (a virtude está no meio), querendo significar, com isso, que os extremos devem ser evitados, se desejamos ter uma vida emocionalmente saudável.

Paralelamente, temos sempre que nos lembrar, que nossa vida é regida pelo nosso inconsciente. Portanto, temos que estar sempre atentos à essa realidade, se é que, realmente, não desejamos "entrar numa roubada".

Equilíbrio, sensatez, sobriedade e bom senso são os verdadeiros antídotos que podem nos livrar dos fantasmas do legalismo e da repressão, ao lado, obviamente, de um ensino bíblico isento e saudável.

"Estai, pois, firmes na liberdade com que Cristo nos libertou, e não torneis a colocar-vos debaixo do jugo da servidão" (Gal. 5.1)

"Se, pois, estais mortos com Cristo quanto aos rudimentos do mundo, por que vos carregam ainda de ordenanças, como se vivêsseis no mundo, tais como: Não toques, não proves, não manuseies? As quais coisas todas perecem pelo uso, segundo os preceitos e doutrinas dos homens; As quais têm, na verdade, alguma aparência de sabedoria, em devoção voluntária, humildade, e em disciplina do corpo, mas não são de valor algum senão para a satisfação da carne" (Col. 2. 20-23).

Tony Ayres

15 junho, 2009

JOVENS DE 50 ANOS

michelle_pfeiffer Recentemente, ouvi pela Rádio CBN, SP, o Dr. Flávio Gikovate aconselhar um rapaz que lhe ligou, angustiado por estar apaixonado por uma mulher mais velha.

Gikovate chamou a atenção do jovem, para o fato de que as mulheres, hoje, com os recursos cosméticos e científicos disponíveis, continuam jovens e interessantes, mesmo aos 40 e 50 anos.

Até surpreendentemente, para mim, o psiquiatra concluiu, dizendo ao rapaz que, pelas razões que mencionou, é absolutamente natural e compreensível, o relacionamento de um homem com uma mulher mais velha.

ESTEREÓTIPOS

Surpreendi-me porque, de repente, percebi, o quanto eu (igualzinho a muitos outros homens) ainda conservava uma imagem estereotipada da mulher pré ou inteiramente menopáusica.

De fato, em algum cantinho escondido de minha mente, ainda trazia os resquícios de um tempo em que as mulheres, após a menopausa, deixavam de ser ativas e recolhiam-se para o crochê ou para a jardinagem.

Lembrei-me então, de um comentário de Arnaldo Jabor, no qual ele alinhavava uma série de razões do porquê as mulheres maduras são mais interessantes do que as jovens e criticava aquele tipo de homem cinqüentão que pensa que leva vantagem, ao conquistar uma menina de 20 anos.

AS RAZÕES

Comecei a pesquisar um pouco mais o assunto e descobri que algumas coisas, aparentemente insignificantes, contribuíram muito para a formação dessa imagem estereotipada da mulher madura.

Exemplo disso são os "inocentes" filmes da Disney, como A pequena sereia, em que a malvada bruxa Úrsula rouba a voz meiga e delicada, assim como a aparência jovial da heroína Ariel, para tentar seduzir seu belo príncipe.

Úrsula, na verdade, sucede uma série de vilãs da Disney, invejosas de juventude e beleza, tais como: a madrasta perversa, em Cinderela; a rainha malvada, em Branca de Neve; e Malévola, em A Bela Adormecida.

Como os chamados "contos de fadas" têm uma enorme influência na formação do inconsciente das pessoas; isso explica, pelo menos parcialmente, os estereótipos que, preconceituosamente e sem razão, muitos de nós ainda carregamos, sobre a figura da mulher madura.

CONCLUSÃO

Depois de tudo o que foi dito, creio que ficou claro que devemos nos engajar na luta contra o preconceito contra a imagem errônea que, infelizmente, ainda se tem, da mulher madura.

Afinal de contas, se colocarmos tudo em pratos limpos, a mulher de 50 anos da atualidade é uma jovem.

Melhor do que isso: é uma jovem experiente!

Como não se pode confirmar isso, aqui, com as milhares de belas e ativas jovens de 50 anos anônimas, coloco, apenas a título de exemplo, a atriz americana Michelle Pfeiffer, e as brasileiras Cristiane Torloni e Bruna Lombardi.

Tony Ayres

12 junho, 2009

ED RENÉ KIVITZ FALA SOBRE SEXO ANTES DO CASAMENTO

Ser pastor nunca foi uma missão fácil de ser cumprida para aqueles que foram verdadeiramente chamados por Deus ao Ministério.

Todavia, ser pastor em tempos difíceis como o nosso, em que a cultura pós-moderna relativiza o valor das instituições, desdenha a fé, questiona a autoridade da Palavra e coloca em dúvida o papel da religião, é ainda muito mais difícil.

Apesar dessas dificuldades todas, a missão pastoral continua a exigir respostas a essa geração e a área da sexualidade (desde sempre, encarada como um tabu) precisa ser abordada, pois os cristãos precisam ser esclarecidos, se é que ainda desejam fazer diferença neste mundo.

Felizmente, ainda existem pastores que cumprem o ofício de profetas.

No vídeo a seguir, o pastor Ed René Kivitz, da Igreja Batista em Água Branca, aborda, sem hipocrisias, o tão necessário tema da sexualidade antes do casamento.


Tony Ayres

09 junho, 2009

DEALING WITH ORTOREXIA

Bulimia-Tips-And-Tricks All of us are already familiar with eating disorders such as anorexia and bulimia.These eating disorders are known, since famous people (such as models, for example) are the subject of stories reported in the major media, especially when they are too skinny and anorexic .

Less known, but equally dangerous are the syndrome of ortorexia, whose main symptom is the obsession for natural food.

The pacient of ortorexia begins to limit his food, making a rigorous screening. He does not eat canned products nor industrialized or artificial ones, especially those produced with sugar or pesticides.

The ortorexos have a concern with not harm the health, at any price. For this reason, they avoid any food that they consider dangerous to develop diseases.

They become obsessive and spend most of their days planning their meals, which ultimately harm other áreas of their lives, especially in the social aspect.

The disease may progress to anorexia or bulimia, reaching mainly young women. Often it evolves also for depression, which predisposes the patient to the risk of death.

The disorder of ortorexia is therefore very serious and treatment should be multidisciplinary, involving physicians, psychologists and nutritionists.

To be successful, it is of fundamental importance also to have family support.

Tony Ayres

CONHECENDO A ORTOREXIA

ortorexia Todos nós já estamos familiarizados com os distúrbios alimentares, como a anorexia e a bulimia, que são transtornos conhecidos, uma vez que, pessoas famosas (como modelos, por exemplo) são alvo de notícias na grande mídia, principalmente quando são anoréxicas e ficam exageradamente magras.

Menos conhecida, porém igualmente perigosa é a síndrome de ortorexia, cujo principal sintoma é a obsessão por comida natural.

O portador de ortorexia começa por limitar sua alimentação, fazendo uma rigorosa triagem. Passa a não comer produtos enlatados, industrializados, artificiais, com açúcar ou com agrotóxicos.

Os ortorexos têm a preocupação de não prejudicar a saúde, a qualquer preço. Por essa razão, passam a evitar qualquer alimento que consideram perigosos e que, imaginam, possam desenvolver doenças.

Tornam-se obsessivos e gastam a maior parte de seus dias planejando suas refeições, o que acaba por prejudicar outras áreas de suas vidas, principalmente no aspecto social.

A doença pode evoluir para a anorexia ou para a bulimia, atingindo principalmente mulheres jovens. Frequentemente, evolui também para a depressão, o que predispõe a paciente para o risco de morte.

O distúrbio de ortorexia é, portanto, bastante grave e o seu tratamento deve ser multidisciplinar, envolvendo médicos, psicólogos e nutricionistas.

Para que seja bem sucedido, é de fundamental importância também o apoio da família.

Tony Ayres

07 junho, 2009

HOMENAGEM A UM HERÓI DA FÉ DE NOSSOS DIAS

Creio que um dos privilégios que a vida nos oferece é o de dar-nos amigos, que são mesmo "mais chegados que um irmão".

A história que vou contar aconteceu na vida de um desses amigos especiais. Vindo do interior, entrou na carreira militar ainda muito jovem.

O futuro se lhe apresentava muito promissor, dada à sua inteligência e ao calor humano que brotava de suas palavras. Chegaria a tenente? A capitão? Quem sabe a general?

Nunca pôde saber, pois Deus o convocou para um posto ainda de maior responsabilidade: o de Ministro do Evangelho.

Acompanhei sua carreira, pois, além de amigo, era jovem como ele. Tive o privilégio de conhecer a alegria das ovelhas que o tinham como pastor.

Tinha um imenso amor por todas elas e, por essa razão, era muito amado também. Mas o seu coração tinha ainda um chamado mais específico. E difícil de ser cumprido também: o de cuidar de crianças e adolescentes com desvio de conduta.

Iniciou o seu trabalho pela fé. Numa chácara cedida, com acomodações extremamente simples, sem salário e sem conforto algum, ao lado da jovem esposa e dois filhinhos pequenos (um menino e uma menina).

Passou a viver de pequenas contribuição, arrecadadas por jovens pastores amigos, nas igrejas onde visitava. Em breve, a instituição cresceu e já havia uma grande quantidade de internos, na ala masculina e na ala feminina.

Chegavam de todos os lugares crianças e jovens, autores de pequenos delitos, viciados em diversos tipos de drogas, desprezados e chutados pela vida; e naquele lugar recebiam carinho, amor, acolhimento e, principalmente, a ministração da Palavra de Deus.

Aos poucos, a instituição foi se estruturando. Chegaram novos irmãos colaboladores; novos monitores foram sendo formados, mas o trabalho sempre foi de fé. Do tipo "vamos orar hoje para que Deus nos dê a provisão de amanhã".

Foi quando a jovem esposa desse homem de Deus engravidou de seu terceiro filho. Ele preocupou-se, é verdade, pois não tinham convênio médico, não sabiam como seria o período pré-natal, nem onde a criança haveria de nascer.

Mas confiavam em Deus e isso lhes dava paz.

Um dia, durante o recreio esportivo, um dos pequenos acidentou-se, e precisou ser imediatamente socorrido. Meu amigo enrolou um pano em volta da perna sangrando da criança, colocou-a em seu velho Fiat-147 e rumou para o Pronto Socorro do Hospital mais próximo.

O médico que o atendeu, quando, desenrolado o pano, viu aquele ferimento profundo na perninha cheia de terra da criança, falou, de maneira irada: "Eu não vou tratar desse menino, com a perna suja como está!".

Meu amigo pastor olhou de relance para o jardim, à frente do Pronto Atendimento e vislumbrou, com o olhar, uma torneira, instalada ali para regá-lo.

Pediu licença ao doutor, tomou a criança pela mão e, sob o olhar atônito do médico, levou-a até aquela torneira, onde, como o bom samaritano da parábola, começou a lavar pacientemente o ferimento do menino, enxaguando sua perna de alto abaixo, deixando que o sangue e a areia escorressem livremente.

Quando viu que estava bem limpo, retornou com enino para o médico que, um tanto envergonhado de sua atitude, começou a suturar o ferimento. Como havia observado tudo, arriscou uma pergunta: "É seu filho? - as palavras lhe saíram da boca com um misto de curiosidade e de constrangimento.

"É sim, doutor, juntamente com mais de cem outros que tenho em casa para cuidar" - foi a resposta que ouviu de meu amigo. Só então ficou sabendo que estava cuidando do ferimento de um dos pequenos internos que fazia parte de uma família de mais de uma centena de outros "filhos" daquele "pai" que acabara de conhecer, de uma maneira não muito educada.

Ficou admirado. Mas o atendimento estava completo. Ferimento suturado, curativo terminado, recomendações de medicação entregue. Era hora de se despedirem.

Agora, já não havia nenhum resquício de ira ou mau-humor no olhar do doutor. Notava-se que ficara profundamente tocado com o acontecimento no qual acabara de ser um dos protagonistas. Foi com admiração que viu meu amigo, depois de agradecer-lhe sinceramente, sair com o menino do hospital.

Passaram-se alguns meses e o episódio foi praticamente esquecido, com as lutas do di-a-dia na educação e evangelização das crianças. Até que certa noite, já muito tarde, a jovem esposa de meu amigo começou a dar sinais inequívocos de que seu filhinho iria nascer.

Sempre confiando no Senhor, meu amigo conduziu-a até o mesmo Fiat-147 , ajudou-a a sentar-se e rumou para uma maternidade de um hospital público, orando para que tudo desse certo.

Qual não foi a sua surpresa com o que aconteceu logo em seguida. Enquanto providenciava a ficha de internação, preocupado com a passagem do tempo e a chegada eminente do bebê, eis que surge, com um largo sorriso no rosto, o mesmo médico que obrigara-o a lavar o ferimento de seu pequeno "filho" acidentado" no recreio esportivo.

"Mas, quem temos a honra de ter aqui?Então essa é sua esposa que vai dar à luz?" - disse o doutor, desta vez sem irritação, mas com genuína alegria a iluminar-lhe o semblante.

"Fique despreocupado, meu amigo, eu, PESSOALMENTE, farei o parto dela e, garanto-lhe, da melhor maneira possível" - arrematou.

Assim, o parto foi feito com todo desvelo e cuidado.

Meu amigo e sua esposa tiveram um tratamento magnífico e uma atenção toda especial. Mesmo sem ter um caro convênio médico, mesmo passando a aflição da incerteza (mas conservando a fé no cuidado do Senhor), mesmo nada possuindo, meu amigo e sua esposa possuíam tudo.

O Senhor providenciou a maneira certa, o tempo certo, o lugar certo e a pessoa certa, para que tudo saísse maravilhosamente a contento.

A esposa de meu amigo ganhou um médico para cuidar dela e meu amigo ganhou um novo amigo médico, a quem testemunhar!

"Mas, como está escrito:As coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu,e não subiram ao coração do homem,são as que Deus preparou para os que o amam"(1 Cor 2.9).

Tony Ayres

05 junho, 2009

SEXO E AMOR - COMO SÃO ENTENDIDOS PELO HOMEM E PELA MULHER

Desejo abordar, neste post, um assunto que tem sido a causa frequente de desentendimentos entre homens e mulheres: o desconhecimento ou a negligência, no que diz respeito à diferença na forma de encarar o sexo e o amor entre eles.

Há muito se sabe que a constituição psicológica do homem é totalmente diferente do que a constituição psicológica da mulher.No entanto, num mundo no qual os papéis desempenhados por eles, principalmente na esfera profissional,é muito grande, essa diferença psíquica fica relegada a um plano totalmente secundário.

Sexo e amor são, talvez, os sentimentos mais fortes que os seres humanos possuem e, embora sejam interdepententes entre si, precisam ser entendidos com clareza se o que desejamos é, realmente, o bem estar comum e o estabelecimento da felicidade do casal.

O sexo carrega consigo uma poderosa força instintual, enquanto o amor é responsável pelos laços de ternura, compreensão e compromisso.

O amor se desenvolve ou se desvanece suave e firmemente. O sexo flutua mais frequente e poderosamente. Tanto assim, que somos muito mais conscientes do auge e da queda de nossos sentimentos sexuais, do que das mudanças que ocorrem em nosso coração.

As mulheres têm uma tendência de expressar a sexualidade ligada ao amor, enquanto seu amor não é, necessariamente, ligado à sexualidade.

Os homens, ao contrário, têm a tendência de associar o amor à sexualidade, enquanto sua sexualidade não é, necessariamente, associada ao amor.

Colocando o que foi dito em outras palavras: os homens podem ter sexo sem amor mais facilmente do que as mulheres; enquanto as mulheres podem ter amor sem sexo, mais facilmente do que os homens.

É precisamente o não entendimento dessas verdades ( ou a a negligência delas, como dissemos) a principal causa de fortes desentendimentos entre muitos casais, que, se não forem cuidados a tempo, podem levar ao rompimento até dos, aparentemente, mais sólidos casamentos.

Toni Ayres

04 junho, 2009

LEITURA PARA QUEM QUER SER RICO

A maturidade do ser humano é essencial para a sua compreensão da vida. Por não entenderem isso, muitas pessoas pensam que são felizes, quando, na verdade, o que sentem, é um arremedo de felicidade.

Apenas um exemplo, para esclarecer: Você já notou como é a vida de indivíduos que vivem apenas para ganhar e juntar dinheiro?

Geralmente são pessoas muito ambiciosas, querem estar sempre "subindo", procuram levar vantagem em tudo; algumas vezes, não são nada éticas, querem ter status social elevado, influência política, visibilidade, fama, poder, etc, etc.

Essas pessoas, muitas vezes, são realmente bem sucedidas. Conseguem juntar verdadeiras fortunas, tornam-se milionárias. Mas, a preço de quê?

Geralmente à custa de muito estresse, de hipertensão arterial, de doença coronariana, por um lado.

Por outro, o preço é não terem visto os filhos crescerem, de perderem o romantismo muito cedo na vida, de nunca terem notado a beleza de um nascer ou de um pôr do sol, de jamais terem se preocupado em olhar para as estrelas, para o crescer das flores, para a flagrância de um jardim.

Tampouco nunca repararam no canto dos pássaros, no barulho das ondas do mar, no prateado de uma noite enluarada e, pasmem; também jamais sentiram a alegria de vestir um descamisado, de dar comida à uma criança faminta e de ter amigos de verdade.

Envelhecem imaginando que a vida é eterna. E quando, afinal, descobrem que estão velhas e que a morte se aproxima, começam a sentir pena de si mesmas, por se sentirem injustiçadas em terem que partir e deixar para outros usufruírem o império que construíram.

Nesse momento crucial da vida, muito tarde, infelizmente, é que percebem que não viveram. Quiseram ter tudo e têm a consciência de que perderam tudo. Não souberam valorizar na existência, o que realmente tem valor.

Reflita sobre isso!

"Porque nada trouxemos para este mundo, e manifesto é que nada podemos levar dele.Tendo, porém, sustento, e com que nos cobrirmos, estejamos com isso contentes. Mas os que querem ser ricos caem em tentação, e em laço, e em muitas concupiscências loucas e nocivas, que submergem os homens na perdição e ruína.
Porque o amor ao dinheiro é a raiz de toda a espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram
da fé, e se traspassaram a si mesmos com muitas dores" (1 Tim 6. 7-10).

"Quem ama a sua vida perdê -la-á, e quem neste mundo odeia a sua vida, guardá-la-á para a vida eterna"(Jo 12.25).

Tony Ayres

02 junho, 2009

A MANEIRA COMO DEUS ENXERGA

infância pobre É simplesmente maravilhoso a maneira como Deus trabalha para alcançar aqueles que Ele tem escolhido para servi-lo.


Os homens têm uma forma humana de enxergar as coisas.


Deus, entretanto, tem uma forma especial.


O editor deste blog era tão somente uma criança que vivia pelas ruas de uma pequena cidade do interior. Não tinha perspectivas de um bom futuro, de acordo com as "regras" humanas.


Era era muito pobre, quase não tinha roupas e comia frutas que encontrava no mato, para

sobreviver.

Não tinha ninguém para cuidar dele. Não possuía nem uma aparência bonita para chamar a atenção de qualquer adulto.


Nada nele era interessante.


Mas, para Deus ele tinha um grande valor.


"Porventura pode uma mulher esquecer-se tanto de seu filho que cria, que não se compadeça dele, do filho do seu ventre? Mas ainda que esta se esquecesse dele, contudo eu não me esquecerei de ti" Isaías 49.15.


Então, certo, dia, um homem falou-lhe acerca de Jesus.


O menino aceitou a Jesus como Seu Salvador e Senhor.


E, daquele dia em diante, Deus mudou inteiramente a sua vida.


Até ao ponto de, no dia de hoje, ele estar sendo aquele que acabou de escrever essas linhas como um testemunho.


Que Deus o abençoe e..., por favor, perdoe meu fraco Inglês.


Toni Ayres


Nota: O primeiro menino, que aparece na parte esquerda da fotografia é a criança desta história.