26 dezembro, 2009

Pregar a Palavra – Um Negócio Muito Rentável

Prosperityguy Há alguns anos, quando participava de um Programa de Formação em Marketing, dirigido a profissionais de treinamento, fiquei profundamente incomodado quando um dos professores colocou a fé como um exemplo de “produto” que é “vendido” e a cruz, como sendo a sua “marca”.

Queria o professor dizer que, assim como existem marcas de produtos com logotipos, como, por exemplo, a Mercedes Bens, a Ford, a Cônsul ou a IBM; assim também, a cruz seria o símbolo mercadológico do cristianismo.

Isso, à época, soou-me como uma espécie de blasfêmia, mas hoje, infelizmente, sou obrigado a concordar com o que ensinou tal professor.

O que os chamados tele-evangelistas têm feito com a Palavra, a forma deslavada como pedem dinheiro, vendem bênçãos e pregam um evangelho sem necessidade de metanóia; o estilo de vida de ostentação e suntuosidade que adotam; CONTRÁRIO A TUDO O QUE ENSINOU JESUS, mostra que a relação que se estabelece entre eles e o povo é mesmo de compra e venda e que o deus mais importante para eles é o dinheiro.

O Reino de Deus ou o Reino dos Céus é coisa de pobres, que nem lhes interessa mais pregar, porque as ovelhas já foram instiladas com o gérmen da “prosperidade”.

A Bíblia, no entanto, deixa bem claro que isso haveria de suceder, como escreve a apóstolo Pedro: “E por avareza farão de vós negócio com palavras fingidas; sobre os quais já de largo tempo não será tardia a sentença, e a sua perdição não dormita” (2. Pe. 2.3).

Temos a prerrogativa de escolher entre o que nos ensina a Palavra ou o que pregam esses homens, com extrema desfaçatez.

O tempo revelará quem são aqueles que fizeram a boa ou a má escolha.

Soli Deo Gloria

Tony Ayres

24 dezembro, 2009

O Natal em 25 de dezembro

scrapsweb_natal-489675 A Bíblia não nos informa que Jesus nasceu no dia 25 de dezembro.

Essa foi uma data arbitrariamente escolhida pela pela Igreja Católica Romana. Como o Império Romano prevaleceu por séculos sobre o mundo cristão, a data tornou-se, então, uma tradição para toda a cristandade.

Porém, há uma razão para a escolha desse dia. Ele era um popular dia festivo de celebração do retorno do sol. Em 21 de Dezembro acontece o que chamamos de solstício de inverno (o dia mais curto e, por essa razão, um dia importante no calendário).

Na verdade, 25 de Dezembro era o primeiro dia em que os antigos podiam notar, com clareza, que os dias estavam se tornando maiores e que a luz do sol estava retornando.

Além disso, como ninguém sabe, com certeza, o dia do nascimento de Jesus, a Igreja Católica se sentiu livre para escolher essa data.

O intento da Igreja era substituir um festival pagão existente, por um dia santo cristão.

Segundo o raciocínio de Roma, seria mais fácil abolir um festival tradicionalmente mundano da população, substituindo-o por um bom festival. De outra forma, a Igreja permitiria a ocorrência de um vazio onde antes havia uma tradição de longa data; e se arriscaria, assim, a produzir descontentamento na população, o que poderia promover um rápido retorno à prática pagã.

ISSO É RAZÃO SUFICIENTE PARA NÃO SE COMEMORAR O NATAL?

Os cristãos evangélicos, em geral, sempre souberam que Jesus não nasceu no dia 25 de dezembro. No entanto, a data para eles é tão somente simbólica.

Ora, se escolhemos datas simbólicas para comemorarmos o "Dia das Mães", o "Dias dos Pais", o "Dia do Trabalho" e tantos outros, por que razão cultivar uma estreiteza mental que considere pecado comemorar-se, simbolicamente, a vinda do Salvador ao mundo?

O nascimento de Jesus significa a Encarnação do Verbo - mensagem principal do Novo Testamento, evento que, com muito mais intensidade do que qualquer outro, deve ser festejado entre os homens.

Essa é a razão pela qual, comemoramos, simbolicamente, o Dia de Natal, no dia 25 de dezembro. Sem inquietações e sem falsos pudores teológicos.

Tony Ayres

15 dezembro, 2009

O Universo Conspira em Seu Favor

2742941904_dbc26ae32a Não poucos autores têm deixado transparecer em seus escritos, ao longo da História, "que o Universo conspira em favor daqueles que acreditam em seus sonhos".

Ora, os conhecimentos atuais nos campos da psicologia e da neurolinguística, entre outros, nos permitem constatar que tal afirmação é, de fato, verdadeira.

Há um conhecido dito popular que traduz com extrema veracidade o mesmo fato, ao afirmar que "aquele que não sabe para onde está indo, não chega a lugar algum".

Todo ser humano precisa, portanto, de um rumo, de um objetivo de vida, de um norte, de uma missão, de um sonho, enfim.

De outra sorte, a sua existência será estéril e desprovida de significação.

Quando a nossa mente está imbuída de um sonho e o nosso espírito está repleto de bondade, o Universo, de fato, conspira em nosso favor, uma vez que poderosos mecanismos inconscientes são acionados e a vontade fica mobilizada para a sua realização.

Enquanto a nossa fé em nosso sonho prevalecer, estaremos no caminho certo da vitória e na realização desse sonho. Se duvidarmos dele, porém, estaremos a caminho da decepção e do fracasso.

Um passagem bíblica indica, claramente, o que estamos dizendo.

Certa vez, Jesus preferiu ficar sozinho, em oração; e mandou que os seus discípulos entrassem no barco e atravessassem o lago. Por volta da quarta vigília da noite, quando uma tormenta impetuosa sacudia perigosamente o barquinho, os discípulos, aterrozidados, viram se aproximar deles, caminhando sobre as águas ninguém menos que o Mestre.

"É um fantasma!" - disseram, amedrontados, sem ainda poderem crer no que viam.

"Tende bom ânimo, sou eu"- disse Jesus - ao que Pedro respondeu:

- Mestre, se é tu mesmo, manda que vá até ti, sobre as águas"

- Vem - disse Jesus - e imediatamente Simão Pedro, tal qual Jesus, caminhou por sobre as águas. Mas ele, que acreditou no sonho, na possibilidade de vencer a própria lei da gravidade, e flutuar andando, como o seu Mestre, e tornou realidade esse sonho, num momento, desviou a sua atenção para as ondas do mar.

Foi neste exato momento que o milagre se desfez e Pedro começou a afundar. Então, gritou para que Jesus o socorresse, no que foi prontamente atendido.

Não, porém, sem uma severa advertência, dada pelo Filho de Deus:

"Por que duvidaste?"

Essa é a mensagem que desejo deixar para você, neste post. Coloque os seus olhos em Jesus e confie em seu sonho.

Não duvide, pois, tendo o Mestre dos mestres a seu lado, o Universo,realmente, conspirará em seu favor! Afinal, foi Ele mesmo quem disse: "Se tu podes crer, tudo é possível ao que crê".

Tony Ayres

08 dezembro, 2009

O Homem Enviado de Deus

billy Diga sinceramente: O que você pensaria se entrasse numa igreja muito simples, cuja ventilação fossem apenas as janelas abertas e o púlpito fosse tão somente o mesmo chão de vermelhão no mesmo nível da “platéia”, onde, numa singela cadeira de madeira estivesse sentado um homem de aparência humilde?

E se percebesse que as calças e camisa desse  homem fossem daquele tipo que você costuma ver à venda nas bancas de roupa da feira livre de seu bairro ou nas barracas dos camelôs, que são os locais onde compram suas vestimentas aqueles que ganham menos de um salário mínimo e, não raras vezes, têm esposa e filhos para sustentar?

E, se, depois dos cânticos, durante os quais não houve momento de ofertório, você visse aquele homem com o rosto marcado pela vida, abrir a sua surrada Bíblia, ler uma passagem com a voz pausada e mansa e, em seguida, pregasse uma poderosa e ungida mensagem, que chacoalhasse a sua consciência e penetrasse nos mais recôndito canto de seu coração e o confrontasse, de forma inequívoca, com suas próprias fraquezas, como se conhecesse toda a sua vida, desde o ventre de sua mãe?

E, se,afinal, depois de um abençoadíssimo culto, você visse aquele homem fechar a igrejinha, abrir seu guarda-chuvas (pois estava chovendo), dirigir-se parao ponto de ônibus, subir no coletivo e ir para a sua casa, anônimo entre os anônimos passageiros daquela condução?

Isso faria com que você se lembrasse dos pastores, missionários e bispos a quem você está acostumado a ver e a ouvir ou o lembraria de um homem a respeito do qual o evangelho de João assim se refere, no verso 6, do capítulo primeiro:

“Houve um homem enviado de Deus…”

baptist3 Esse “homem enviado de Deus” vestia-se de peles de camelo; alimentava-se de gafanhotos e mel silvestre, pregava em meio ao deserto, batizava no rio Jordão e sua mensagem atraía a multidão.

Foi o precursor do Messias, mas nenhum título reivindicou para si, a não ser “uma voz que clama no deserto”.

Você vê algo de parecido com ele, entre aqueles que se dizem ser “mensageiros de Deus”, nos diasde hoje?

Pois bem. Saiba que a marca deste homem é a marca dos homens verdadeiramente enviados de Deus, também em nossos dias.

Soli Deo Gloria

Tony Ayres

OBSERVAÇÃO: Billy Graham, apesar de não ser simples como o pastor de nossa história, tem o testemunho de toda uma vida de humildade de coração, que é, na verdade, a mensagem que procuramos passar com esta postagem.

04 dezembro, 2009

O OFÍCIO DE PROFETA

profetada cruz Desejo, nesta postagem, fazer algumas considerações e esclarecimentos, os quais reputo como importantes, porque tenho recebido alguns e-mails de pessoas que parecem não compreender bem minhas colocações, fazendo-me perguntas para as quais não sou a pessoa indicada a responder.

Assim, para começar, com toda humildade, vejo a necessidade de deixar registrado aqui algo sobre a minha formação, a fim de dirimir dúvidas.

Resumidamente, aí vão os cursos e escolas pelos quais passei: Letras (Faculdade Ibero-Americana); Jornalismo (Faculdade Cásper Líbero); Teologia (Faculdade Batista de São Paulo e FAETEL); Pós-Graduação em Psicopedagogia (Universidade Metodista de São Paulo); Mestrado em Educação (Centro Universitário Salesiano); Formação em Psicanálise Clínica (Escola de Psicanálise do Brasil).

Quando saí de minha pequena cidade natal, no interior de São Paulo, ao terminar o Curso Colegial, jamais cheguei a pensar que teria uma formação bastante diversificada; mas assim aprouve a Deus conduzir-me pelos caminhos da vida.

Sempre procurei entender (e é assim mesmo que entendo) cada oportunidade de aprendizagem que tive e tenho, como sendo um talento que o Senhor me permitiu desenvolver; e que, portanto, devo utilizá-lo fazendo algo que, de alguma forma, ainda que de maneira ínfima, dignifique o Seu Reino, pois reconheço que é sempre através de pessoas falhas como eu e tantas outras, que Ele estende e amplia esse Reino sobre a Terra.

Durante mais de uma década, escrevi artigos para o Jornal Mensageiro da Paz, Revista Obreiro e Jovem Cristão, todos eles vinculados à CPAD.

Se algum leitor deste blog tiver arquivado em sua biblioteca esses periódicos, entre as décadas de 1980 e 1990, poderá comprovar a veracidade do que acabo de escrever; assim como poderá verificar também, que a maioria desses artigos procurou exercitar aquilo que chamo de “ofício de profeta”, pois eles sempre procuraram denunciar desmandos, manipulações e exploração dos “poderosos” em relação aos “pequeninos”.

Há alguns dias, escrevi aqui que estava cansado críticas, argumentando que é muito fácil criticar virtualmente, sem nada fazer concretamente.

Após refletir longamente sobre essa questão, cheguei à conclusão de que o meu coração não pode concordar com críticas gratuitas, desmoralizantes, infamatórias e escorchantes contra pessoas nominalmente identificadas, utilizando uma linguagem rasteira, às vezes chocante, com o intuito de obter “IBOBE”.

Isso, para mim, não serve, pois, não consigo ser assim. Todavia, verifiquei que também não consigo ver o povo de Deus sendo abusado e manipulado de maneira vil, e ficar “de braços cruzados”, ainda que esteja longe de pretender ser o dono da verdade.

Neste caso, creio no poder da PALAVRA ESCRITA para despertar pessoas boas, mas, por vezes crédulas a ponto de “servir à criatura ao invés de servir ao Criador”.

Isto posto, desejo continuar utilizando a blogosfera, tentando ser “uma voz profética” e, tomada essa decisão, não é possível levá-la a efeito, sem fazer críticas e denúncias, mas, obviamente, sem baixar o nível, a ponto de fazer ofensas pessoais ou ferir a dignidade humana, da qual todos são partícipes.

À essa altura de minha vida, consigo identificar com clareza, homens do passado e do presente que influenciaram a minha visão de mundo. Entre outros, e principalmente, posso citar: Carl Gustav Jung, Sigmund Freud, Viktor Frankl, Rollo May, Francis Schaeffer, Soren Kierkegaard, Paul Tilich, Rubem Alves, Leonardo Boff, Caio Fábio, Ed René Kivitz e Ricardo Gondim.

Nenhum deles, embora brilhantes e profundos, supera, contudo, Jesus Cristo de Nazaré, o Deus que se fez carne e habitou entre nós, crucificado por nossos pecados, morto e ressucitado ao terceiro dia, glorificado ao lado do Pai; Autor e Consumador de nossa salvação.

Feitos todos esses esclarecimentos, termino a postagem deixando claro que, mesmo colocando aqui, algumas vezes, artigos de natureza psicológico-psicanalítica, tentarei não apagar a chama que me leva a tentar exercer o “ofício de profeta”.

Soli Deo Gloria

Tony Ayres