26 fevereiro, 2009

E SE BEIJAR FOR PECADO?

beijo Estou muito triste e confusa, tenho 31 anos, solteira e há 4 anos entreguei minha vida ao Senhor Jesus. Ano passado comecei a gostar do ......, que era meu amigo (30 anos e solteiro tb) e fazemos parte da mesma igreja e hoje somos apaixonados, porém, a igreja que frequentamos ainda nao nos liberarou para namorar.

Nossos pastores sabem de nossos sentimentos, temos condições de nos casar, temos VIDA com Deus e compromisso com a nossa igreja.

Em setembro de 2008 nos beijamos e contamos aos nossos pastores e ficamos 4 meses de disciplina, em dezembro, nos beijamos de novo e ficamos em disciplina, em janeiro, nos beijamos de novo, não estamos conseguindo segurar nossa empolgação e estamos em disciplina, ou seja, ainda não estamos namorando porque nossos pastores dizem que ainda não é tempo de beijar.

Por isso ainda estamos em disciplina, eu pedi perdão a Deus e tenho orado e jejuado, mas não to aguentando essas pressões. Isso é pecado? Até q ponto eu estou errada?

Tenho sentindo muita culpa, e se contarmos q nos beijamos de novo, será mais algum tempo espera, e nunca namoraremos se for assim? Sendo que temos certeza de nossos sentimentos... não temos impedimentos nenhum, isso se trata da visão de relacionamento da minha igreja que não permite que a gente se beije até que eles digam que podemos fazer isso... tenho medo de estar sendo rebelde ao não concordar com isso... Por favor me ajude...Y

RESPOSTA

Minha Querida Irmã Y:


Infelizmente, o tempo passa mas os homens continuam fazendo as suas cartilhas eclesiais, as suas "tabuinhas da lei", nem sequer se lembrando de que Jesus já condenava aqueles "que atam fardos pesados e os põem sobre os ombros dos homens, mas eles, nem com o dedo querem movê-los".

Prendem os seus membros à igreja, instilando neles sentimentos de culpa e medo, passando a falsa idéia de que Deus é um carrasco, pronto a castigar a mais leve "infração", ao invés de apregoar o amor e a graça incondicional de Jesus.


Se você tem lido o meu blog, com certeza conhece o meu pensamento e aquilo em que acredito, baseado na Palavra, que conheço, por mercê de Deus, desde a minha meninice.


E o que tenho a lhe dizer, é o seguinte:


Deus colocou os pastores sobre as igrejas para pastoreá-las e não para legislar e impôr leis de suas próprias cabeças. Nenhum pastor de nenhuma igreja está autorizado a "decidir" o que seus membros devem ou não fazer. O Senhor deu ao ser humano o livre arbítrio, e aos seus escolhidos, o Seu Espírito Santo, "que os guiará em toda a verdade".


A vontade de Deus é que os seus Filhos sejam felizes. E O amem, não por medo ou por sentimento de culpa, mas pelo que Ele realmente é: um Deus de amor, misericordioso e compassivo.

Ser feliz no relacionamento, certamente está incluído nessa vontade de Deus, desde que ambos sejam livres, amem-se de verdade, tenham compromisso um com o outro.

E namorar, até onde eu sei, inclui troca de carinhos, carícias e beijos. Sem pecar e sem alimentar sentimentos de culpa.

Portanto, guie-se apenas por sua fé e por sua consciência e seja feliz, seguindo o que a Palavra ensina em amor. Lembre-se de que Jesus nos ensinou que "os olhos são a lâmpada do corpo" e que "se o teu olho for bom, todo o teu corpo será luminoso".

Ame e beije o seu namorado com os olhos simples e seja feliz.
Seus pastores não têm o direito de "discipliná-los (você e ao seu namorado) por isso.

A maldade, muitas vezes, pode estar no coração de quem julga e não de quem, injustamente, é julgado.

Se insistirem nisso, pergunte-lhes se eles não beijaram quando foram namorados. E se persistirem nessa bobagem, não precisa ter medo de procurar um igreja doutrinariamente mais madura e mais sadia.

Nele, que liberta dos grilhões e não aprisiona ninguém com falsas culpas.


Toni Ayres

19 fevereiro, 2009

PERCA O MEDO DE MUDAR E SEJA FELIZ

Scarlett O'Hara -- GWTW poster Talvez você, que vem me acompanhando por este blog, seja uma daquelas pessoas que sonha em mudar de vida, sonha em dar um “basta” nas suas atividades rotineiras e tem uma imensa vontade de começar a fazer aquilo que realmente gosta.

Muitas vezes, essa insatisfação está ligada ao tipo de trabalho desenvolvido, à rotina, à repetição, ao cansaço gerado pela mesmice, mas o medo de mudar joga um balde de água fria em qualquer pretensão de virar a mesa.

No entanto, é preciso lembrar de que Moisés, no Salmo 90, já dizia que “a vida é como um conto ligeiro”, como “um vapor d’água que aparece e logo se desvanece”. Por essa razão, é bom que você decida MUDAR JÁ, pois mudar quando estivermos lá no céu todos mudaremos.

O principal empecilho a ser vencido é o medo e as dificuldades parecem sempre estar relacionadas às circunstâncias: “Não daria certo”; “Não é possível”; “Estou velho (a) demais para isso”; “É melhor ficar com aquilo que é seguro” – são diálogos interiores que conhecemos bem.

A realidade é que não conseguimos “largar” daquilo a que estamos acostumados. Isso realmente amedronta e o medo realmente inviabiliza (a menos que vencido) qualquer projeto de mudança.

Mas, o fato de não optarmos por decidir seguir por novos caminhos tem uma razão: quase todas as nossas decisões são tomadas de forma inconsciente.

A motivação e a alegria da decisão são capacidades intuitivas, com as quais já nascemos e que passamos a vida inteira tentando pôr em prática.

A boa notícia é tomar consciência de que a ousadia, a motivação e a disposição para enfrentar riscos NÃO DEPENDEM DO DESTINO. Elas podem ser influenciadas pelo nosso intelecto.

O segredo para conseguir isso é o nosso cérebro. Os hemisférios cerebrais têm diferentes atribuições. Enquanto o hemisfério direito lida com impressões intuitivas, imaginárias e emocionais; o esquerdo é o responsável pelos processos racionais, os quais utilizamos na vida profissional, por exemplo.

No entanto, podemos treinar conscientemente um raciocínio total, treinando os dois lados do nosso cérebro, tornando possível que eles se complementem. Esse treino, que consiste em eliminar a longa série de “não posso” e, por conseguinte, aumentar a auto-estima, permite adquirir e levar adiante a capacidade de mudança que nos tornará mais felizes e realizados.

Toni Ayres

15 fevereiro, 2009

CONSELHOS DE UM TERAPEUTA PARA AS MULHERES

ViolnciaDomestica Achei importante abordar este tópico porque chego a assustar-me com o número de maridos que submetem, erroneamente, suas mulheres, evocando para isso o texto de Efésios, 5; bem como espanto-me também, com o número de esposas que aceitam uma submissão exagerada, a fim de "cumprir" o ensinado no referido texto.

Há mulheres que abrem mão de suas amizades, de sua profissão, de sua carreira profissional, de seus estudos, de seus "hobbyes" para, supostamente, agradar o marido e "investir no casamento", acreditando estarem, com isso, agindo biblicamente; quando na realidade estão abrindo mão de suas próprias existências, enquanto pessoas completas.

A mulher que abandona uma carreira ou seus estudos para se dedicar a um homem está, literalmente, colocando o seu destino nas mãos dele. Ora, é óbvio que ninguém deve fazer isso e nem depender de ninguém. O destino de cada um pertence a si mesmo e, em última instância, a Deus.

Uma carreira é para toda a vida. Um homem, infelizmente, nem sempre. Portanto, a mulher profissional é respeitada, não apenas por sua independência financeira, mas também por sua independência intelectual. Ela precisa ter a sua própria individualidade, sabe por quê?

Porque o egoísmo de muitos homens é que os fazem reivindicar prioridade total no âmbito de tudo aquilo que suas esposas poderiam fazer. Mas, você pensa que algum homem amará mais sua mulher por causa dessa "predileção" que exige dela?

Ao contrário. Ele pode até cortejá-la até que esteja lutando pelo troféu de primeiro lugar em seu coração. Uma vez que você ceda, ele descansa. Não precisa lutar mais por nada. Você já "é dele".

Portanto, por mais paradoxal que isso possa lhe parecer, fique certa de que ele a desejaria muito mais por sua independência do que por sua submissão.

A mulher que for capaz de manter um homem a vida inteira lutando para conquistá-la (apesar de tê-la) será feliz no amor a vida inteira. Mas isso somente acontecerá se ela for livre para ter sua própria independência, personalidade e individualidade. Ninguém deve viver em função de outra pessoa. E isso está nos limites de Efésios, 5.

Num relacionamento onde os elos de ligação tornam-se prisões, não há espaço para o verdadeiro amor, livre, espontâneo, descontraído.

E o homem que verdadeiramente ama sua mulher, entende essa realidade e não permite que o seu casamento seja uma prisão onde exista uma escrava e um senhor.

Toni Ayres

06 fevereiro, 2009

MEU MÉDICO ME DISSE QUE SOFRO DE NEUROSE. GOSTARIA DE SABER O QUE É ISSO.

neurose Sua dúvida é bastante justificável por conta do uso comum e generalizado que esta palavra ganhou. É muito comum expressões do tipo: “Fulana é neurótica”; “Sou neurótica por sorvete!”; “Quero viver sem neuras!”, etc.

Entretanto, a mesma palavra sendo usada por um psiquiatra ou um psicoterapeuta deixa de ter o sentido comum acima exemplificado para ganhar o sentido de uma patologia psicogência (de origem nas emoções).

Na Psicanálise, Freud, em uma de suas tópicas, conceituou o nosso aparelho psíquico como contendo três instâncias (partes): o ego, o superego e o id.

O ego corresponde ao nosso lado racional, equilibrado, analista,sensato e realista.

O superego equivale ao nosso sistema de valores, às nossas “tabuinhas da lei”, que herdamos de nossos pais ou figuras parentais, que nos diz o que está certo e o que está errado; o que podemos e o que não podemos fazer. É o nosso código moral.

Já o id corresponde tanto ao nosso lado criança (que quer tudo, que deseja tudo aqui e agora e não mede consequências) como ao nosso lado instintual (onde se localizam as nossas pulsões eróticas).

A neurose constiui sempre um conflito, normalmente entre um desejo do id e um julgamento do superego. NORMALMENTE, É UM CONFLITO INCONSCIENTE (embora possa ser consciente também).

Exemplificando. Suponha que um homem cristão casado, bom marido e bom pai de família, ao conhecer uma mulher, nova em sua comunidade, de repente começa a sentir uma profunda atração por ela. O responsável por essa atração foi o seu id.

No entanto, sendo uma pessoa honesta e que ama sua esposa, ele pensa: “Não posso e não devo sentir atração por essa mulher, vou afastar-me dela!”.

Ora, se ele for uma pessoa equilibrada, tudo acabará aí e não haverá maiores consequências. Mas, se ele possuir uma estutura de caráter mais ou menos obssessiva; a atração sexual pela mulher continuará latejando dentro dele,assim como a censura do superego continuará a lhe dizer que não pode alimentar isso, pois é errado e é pecado.

Se o conflito não tiver solução, e continuar a guerra entre os desejos do id e as reprovações do superego, estará se cristalizando um conflito que se enquista dentro dele e estabelece,então, A NEUROSE, que obviamente, precisa ser trazida à tona e tratada.

Uma neurose NÃO TRATADA e enquistada por muito tempo acaba por fazer o próprio ego seu refém e, se não solucionada emocionalmente, começa a produzir somatizações (sintomas físicos) tais como: cegueira ou paralisia passageira, dores no estômago, taquicardia, dermatite, enxaqueca e muitos outros.

Como você pode perceber, uma neurose verdadeira é algo bem mais sério do que se imagina.

Toni Ayres

03 fevereiro, 2009

O FATO DE SER SALVO IMUNIZA O CRISTÃO DE PROBLEMAS, DOENÇAS E AFLICÕES?

104044113_6e722fa5fa_m Muitos cristãos evangélicos infelizmente ainda fazem muita confusão, imaginando que o fato de serem salvos imuniza-os contra os problemas e conflitos que envolvem a nossa vida neste mundo.

Outros, mais maduros na fé, já compreenderam que, mesmo trazendo conosco as marcas de Jesus, ainda assim trazemos também a nossa semente adâmica.

Portanto, mesmo salvos, estamos sujeitos às intempéries, doenças e provações que são próprias da existência neste planeta.

Por outro lado, ainda existe o fato de muitas igrejas, ao invés de cumprirem o seu papel de comunidade terapêutica, conseguirem adoecer emocionalmente muitos de seus fiéis, um fato que é duro de se aceitar, mas que é, todos sabemos, uma realidade.

Em meio a tudo isso, muitos cristãos estão clamando por alguém que os oriente, que estenda-lhes as mãos e que os compreenda.

Por essa razão, é preciso que quem disponha de algum talento, use-o de alguma forma em benefício desses irmãos doentes. Isso é bíblico e faz parte da missão da igreja.

Neste blog, tentamos fazer a nossa parte. Minúscula, é verdade, mas não menos importante.

Estar escrevendo na qualidade de conselheiro não é uma tarefa fácil nem de pequena responsabilidade. Mas não deixaremos de fazê-lo por causa dessa questão.

Esperamos ser-lhe útil nesse mister e que, através dele, o nome do Senhor seja glorificado.

Toni Ayres

01 fevereiro, 2009

MASTURBACÃO É PECADO?

f1025002SolidaoPeq1000Imag Eis uma pergunta que ainda hoje constitui uma séria dúvida para muitos cristãos sinceros. Antes de tentar respondê-la, convém fazermos algumas considerações a respeito.

O estudo da sexologia demonstra que a masturbação é um comportamento que pode estar presente em qualquer idade. Na infância e na adolescência, ela faz parte do desenvolvimento psico-afetivo-sexual do indivíduo.

Já na idade adulta não é raro que ela aconteça em situações mais ou menos incomuns (doença do cônjuge; viuvez; viagem prolongada, sem a companhia do parceiro; encarceramento, etc.)

Tanto na infância/adolescência como na idade adulta, o ato em si e as fantasias ligadas a ele são fortes fontes de culpa.

Como o efeito da culpa pode ser devastador, é muito importante que, no primeiro caso, os pais evitem a repressão, que pode afetar o início da vida sexual de suas crianças. Já no segundo, convém que o adulto em questão olhe para si mesmo e veja se encontra legitimidade em seu proceder.

A Bíblia não se refere, especificamente, a esse assunto, portanto é preciso muito cuidado, antes de se apregoar que se trata de um pecado, pois a expressão da sexualidade faz parte de nossa natureza; não somos seres assexuados.

Jesus nos ensinou que a luz que ilumina o nosso corpo é o nosso olho e que, se o nosso olho for simples, todo o nosso corpo será luminoso (vide Lucas 11.34). Será que teremos a humanidade suficiente para olhar para essa questão com “olhos simples”, sem simplismos ou reducionismos; mas também, sem execrá-la?

Mais sensato parece ser refletir muito antes de chamar a masturbação de pecado.

Toni Ayres