NOTA: Este post pode interessar a pastores verdadeiramente vocacionados por Deus e fiéis a seus chamados. Não interessará, com certeza, "pastores" assim auto-intitulados, mercadores da Palavra, vendilhões de púlpito e "politiqueiros".
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Hoje queremos falar sobre os desânimos, os desapontamentos e as decepções que, infelizmente, nestes últimos anos, vêm atingindo pastores de diferentes denominações, no Brasil e fora dele.
Esses homens, um dia, no passado, já foram fervorosos, entusiastas, pró-ativos, praticantes do primeiro amor e cheios de fé. No entanto, os longos e sofridos anos na jornada ministerial arrefeceram os seu ânimos.
Foram tantas pessoas amadas com câncer pelas quais oraram, fizeram campanhas e, mesmo assim, viram morrer; foram tantos os casamentos que celebraram e, depois, mesmo com árduas orações, viram ruir; foram tantos os projetos do coração, que, a despeito de muitos jejuns, não viram realizar-se, que o resultado acabou sendo, até como mecanismo de defesa, a apatia e o desânimo.
É evidente que isso não acontece com todos os pastores; mas apenas com aqueles mais sensíveis às intempéries inerentes à vida ministerial.
Entretanto, tal fato não deixa de representar um perigo a esses homens de Deus, haja vista que podem desaguar no ceticismo, que é sempre uma ameaça de ruína para a vida espiritual de qualquer pessoa.
Qual seria a solução para esses corações angustiados?
Não vislumbramos outra que não seja a ordem dada por Jesus três vezes ao alquebrado discípulo Pedro, na praia da Galiléia: "Apascenta as MINHAS ovelhas" (Jo. 21.17).
A partir da conscientização de que as ovelhas não pertencem a ele (o pastor) e sim a Jesus, o Bom Pastor; não haverá mais motivo para frustrações, decepções ou ceticismo.
A percepção de que querer "fazer a obra" a seu modo não é sua atribuição, mas sim, do Dono da Obra tornará tudo mais claro e mais fácil de ser entendido.
Apascentar as ovelhas de Jesus não constitui apenas um dever de todos os pastores, mas, muito mais do que isso, representa um privilégio concedido a eles.
Decidir, no entanto, o destino das ovelhas, é uma prerrogativa somente do Dono do Aprisco.
Que os nossos pastores possam sentir seus fardos aliviados com essa solene verdade!
Tony Ayres
Querido, amigo...
ResponderExcluirCompartilho do seu pensamento e com isso, aquieto o meu espírito... Ainda sob o risco, naturalmente, de parecer insensível, porque as ovelhas realmente pertencem ao Senhor. Quando digo insensível, falo dos sentimentos que nos levam ao desânimo muitas vezes, e que quase "sempre" nos derrotam; ainda que não literalmente, mas neutralizam as nossas forças momentaneamente. Lidar com frustrações, decepções e ingratidões, confesso meu amigo, que é bastante desgastante, principalmente quando investimos nosso tempo na vida de pessoas que “apostamos” no sucesso delas e mais à frente, nos deparamos com a ingratidão... “Ossos do ofício?”. (rs)
Não podemos perder o animo. Não podemos perder a fé. Continuarei respondendo a pergunta do Mestre: “Márcia, tu me amas?”... “Senhor, tu sabes de todas as coisas, tu sabes que eu te amo... Apascenta as minhas ovelhas”. João 21:17
Como eu gosto de vir aqui!
Shalom
Querida amiga Márcia:
ResponderExcluirObrigado pela sua presença sempre gentil e carinhosa. Sinto, não me pergunte por quê; que você é uma pessoa que "fala a minha língua". Sua sensibilidade para com as coisas de Deus é quase "palpável".
De fato, "investir" na vida de alguém e não ver o "retorno" desejado, chega mesmo a ser angustiante.
E você está absolutamente certa, quando diz que não podemos desanimar, não podemos perder a fé.
Sinto que, para isso, nada melhor do que amar o Senhor Jesus simplesmente pelo que Ele é e representa em nossas vidas.
E não por aquilo que Ele pode nos dar, pois, na verdade, Ele já nos de tudo, ao "ser obediente até a morte, e morte de cruz".
É por isso que "o castigo que nos traz a paz estava sobre ele" e que "pelas suas pisaduras fomos sarados".
Que Deus a abençoe grandemente, querida, juntamente com seu esposo e filhos.
Shalom!
Postei sobre a novela tambem em meu blog, só que o assunto era outro, a Índia que a novela não mostra. Parabens pela sua reflexão!!
ResponderExcluirTem razão meu caro amigo Antonio
ResponderExcluirTadeu
Quantos distúrbios da personalidade estão sendo atribuídos ao demônio!
Interessante, é que os indivíduos portadores de esquizofrenia, com alucinações auditivas e visuais são considerados, às vezes, visionários de Deus.
Imagine um comandante eclesiástico,com uma patologia desse tipo, sem que procure ajuda médica. O que poderá provocar entre as suas "pacientes" ovelhas?
Um Bom artigo, que deveria ser lido por todos os ministros evangélicos do Brasil.
Que Deus continue abençoando-lhe, com mais textos psico-teológicos.
Abçs,
Levi B. Santos
Prezado amigo Levi:
ResponderExcluirSuas observações são sempre oportunas. Fico realmente muito feliz e mais animado a prosseguir; a cada vez que leio uma delas.
Infelizmente, conheço o caso de um pastor esquizofrênico e das consequências desastrosas desse fato.
Creio que o nosso papel, como blogueiros cristãos que somos, é trabalhar com os nossos talentos, e não enterrá-los, como o homem temeroso da parábola de Jesus.
Que o Senhor nos conceda graça para isso.
Um abraço deste seu amigo!
Em Cristo.
Prezado irmão e amigo Tony
ResponderExcluirConvido-lhe a refletir e, se possível, deixar registrada a sua posição(como psicoterapeuta) sobre a emblemática entrevista da evangélica Marília de Camargo César à Revista EPOCA, que postei recentemente no "Ensaios & Prosas".
Penso que a Marília veio ratificar com a história de sua própria vida, tudo que você escreveu nesse seu memorável texto, do qual retirei um fragmento que resume muito bem a triste realidade de muitos que sofrem dessa psicose chamada neo-pentencostalismo:
"Infelizmente, existem muitos 'pastores' psicopatas dirigindo igrejas e milhares de crentes sofrendo de TOC".
Graça e Paz,
Levi B. Santos
Facilite nossa visão mudando a cor da fonte porque o conteudo é muito ajudador.
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