20 abril, 2010

AS DESCOBERTAS CIENTÍFICAS PODEM DESTRUIR A FÉ?

FÉECIÊNCIAJá algumas vezes tenho discutido, neste blog, a necessidade que as pessoas de  fé têm de conhecer, sem temores, "o outro lado da moeda", para que a sua fé realmente possa ser provada e aprovada.

Pessoas que têm medo de ler e ver coisas que possam "afastá-las" da fé; em seu íntimo, temem que essa fé esteja respaldada em solo de areia, e por essa razão, podem se "DESVIAR".

Por essa razão, os evangélicos inventaram a monocultura, com eventos gospel, feiras gospel acampamentos gospel, filmes gospel, escolas gospel, músicas gospel - tudo isso, refletindo um medo obssessivo de estar "fazendo coisas do mundo" e de "cair em tentação" por causa das coisas do mundo.

Pura perda de tempo e falta de reflexão, pois hoje sabemos, sem sombra de dúvida, que as denominações fundamendalistas e legalistas são "celeiros de pecado", uma vez que ferem a essencialidade do ser humano, impondo jugos que apenas "têm a aparência de santidade", mas são ineficazes contra o pecado.

É preciso sair da redoma gospel, reconhecer o mundo com os seus cientistas, a sua filosofia, aprofundar os estudos, conhecer a história, as artes e, principalmente, o modo de pensar pós-moderno.

Esse pensamento pós-moderno lembra-nos de que todos os sistemas de conhecimento ( inclusive o evangélico) são construções sociais.

Isso significa que os nossos pressupostos culturais, juntamente com as políticas de poder, têm muito a ver com o que decidimos aceitar como verdade.

Em outras palavras, queremos dizer com isso que construímos a verdade mais do que simplesmente a descobrimos.

UM EXEMPLO, PARA ILUSTRAR

Os estudantes dos bons seminários, por exemplo, sabem que no mundo pó-moderno, a ciência, mais do que nunca, levantou questões importantes, utilizando o seu próprio instrumental científico, para melhor conhecer o mundo teológico.

Uma das questões descobertas pela ciência é exatamente sobre a origem e a história da Bíblia. Os cientistas, comparando os manuscritos mais antigos, descobriram diferenças, contradições, adiçoes e supressões.

O trabalho deles revelou que escolhas arbitrárias e, algumas vezes, políticas, foram feitas para incluir alguns livros na Bíblia e excluir outros - o que significa que o Cânon Sagrado que hoje temos, não é o mesmo que os crentes de outros séculos tiveram.

Esse é um problema para o qual os teólogos simplesmente não têm uma resposta para dizer: "Isso não foi assim".

CONCLUSÃO

O que desejamos colocar como conclusão é mais ou menos o seguinte: E daí? Vou negar a descoberta científica para não negar a minha fé? Ou vou dizer que o que os cientistas descobriram é obra do diabo?

Por outro lado, vou aceitar a descoberta científica e apostatar da minha fé, porque me sentirei "enganado"?

De maneira nenhuma, pois a minha fé em Cristo é capaz de resistir a verdade científica, sem negá-la.

Mas também não deixarei de crer em minha Bíblia, apenas porque na letra, ela pode ser diferente hoje do que foi ontem.

A imagem salvadora que ela me revela transcende a tudo isso e eu, em Cristo, sou capaz do "prosseguir para o alvo" sem me sentir um menininho confuso e sem ser cético em relação às descobertas da ciência.

O mundo pós-moderno confronta, de fato, muito mais a nossa fé.

Mas não podemos enfiar a cabeça na terra, como o avestruz, para não saber o que se passa ao nosso redor.

"Posso todas as coisas em Cristo que me fortalece" (Fp. 4.13)

Tony Ayres

2 comentários:

  1. Acredito na ciência, todos as descobertas, todos os estudos que fizemos aqui na Terra é para a evolução dos homens com aprovação DIVINA.O SER maior (DEUS), (MESTRE DOS MESTRES),a grande (ENERGIA INTELIGENTE, sabe do nossa necessidade de evoluir para as coisas SAIBAS.

    ResponderExcluir
  2. seja eloquente comigo,para de pensar na sua ignoracia,pese agora do pó veio e do pó tornara que fala isso e a biblia depois disso vem o juizo só me convesa disso.

    ResponderExcluir

Seu comentário será exibido após examinado pela moderação.