02 fevereiro, 2010

Amor ou Carência Afetiva?

se beijam

Recebi um pedido de ajuda de uma pessoa que está sofrendo, pela falta de um amor. Disse-lhe que aquietasse sua alma, pois, às vezes é bom ficarmos sozinhos também. Não é o ideal, mas não há nenhum demérito nisso.

Essa coisa que chamamos de amor; melhor dizendo, isso que chamamos de “necessidade de ter um amor” tem um nome certo: carência. Um péssimo sentimento para quem deseja amor de verdade.

A carência subjuga, domina, se apossa do ser, tornando-o obsessivo. Confundir o amor com a carência é fragilizar-se diante de aproveitadores de plantão. É correr o risco de tornar-se um objeto descartável e perder a auto-estima, o que faz um mal enorme à dignidade do ser.

Só consegue alcançar o verdadeiro amor quem suplanta a carência, que suporta a instintualidade, quem aprende a esperar. Para conseguir-se o amor é preciso não precisar dele. Quem está feliz consigo mesmo, quem não necessita da “outra metade” está livre para amar e ser amado.

As pessoas precisam aprender que, ao final e ao termo de tudo; quando se está com os pés no chão, o amor é muito mais do que um sentimento.

O amor é, na verdade, uma atitude, um estado de espírito permanente. Portanto, é possível aprender a amar, é possível também escolher amar. Isso evitará enganos, decepções e sofrimentos.

Quem é que já não viu um casal de pouco mais de 40 anos de idade, caminhando pelo supermercado, nas compras; ou almoçando num restaurante?

No mercado, discutem por qualquer coisa. O que um quer comprar, o outro acha muito caro. No restaurante, a comida é deglutida em silêncio. Sem prazer e sem palavras.

Mas não era assim há vinte anos. Mais jovens, apaixonados e sonhadores, eles não se desgrudavam.

O tempo, porém passou, o romantismo acabou, o desinteresse tomou seu lugar, a preocupação com o outro torna-se um aborrecimento.

Tudo porque não se tinha maturidade, à época, para saber que o amor é mais do que uma atração, é também mais do que um desejo, O amor é uma atitude, uma escolha para a vida; e somente quem for capaz de compreender essa verdade terá chances de ser feliz.

Pense nisso, antes de entrar num relacionamento afetivo.

Tony Ayres

2 comentários:

  1. Nossa,seu blog me abriu os olhos para um fato importantíssimo,gostaria de manter contato.

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  2. Atitude? Como assim?
    Podia-me dar um exemplo?
    Amor é definido como atração electromagnética
    Ódio como repulsão.
    Por isso fico sem perceber se uma atitude baseada na razão podia ser amor.

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