Recebi um pedido de ajuda de uma pessoa que está sofrendo, pela falta de um amor. Disse-lhe que aquietasse sua alma, pois, às vezes é bom ficarmos sozinhos também. Não é o ideal, mas não há nenhum demérito nisso.
Essa coisa que chamamos de amor; melhor dizendo, isso que chamamos de “necessidade de ter um amor” tem um nome certo: carência. Um péssimo sentimento para quem deseja amor de verdade.
A carência subjuga, domina, se apossa do ser, tornando-o obsessivo. Confundir o amor com a carência é fragilizar-se diante de aproveitadores de plantão. É correr o risco de tornar-se um objeto descartável e perder a auto-estima, o que faz um mal enorme à dignidade do ser.
Só consegue alcançar o verdadeiro amor quem suplanta a carência, que suporta a instintualidade, quem aprende a esperar. Para conseguir-se o amor é preciso não precisar dele. Quem está feliz consigo mesmo, quem não necessita da “outra metade” está livre para amar e ser amado.
As pessoas precisam aprender que, ao final e ao termo de tudo; quando se está com os pés no chão, o amor é muito mais do que um sentimento.
O amor é, na verdade, uma atitude, um estado de espírito permanente. Portanto, é possível aprender a amar, é possível também escolher amar. Isso evitará enganos, decepções e sofrimentos.
Quem é que já não viu um casal de pouco mais de 40 anos de idade, caminhando pelo supermercado, nas compras; ou almoçando num restaurante?
No mercado, discutem por qualquer coisa. O que um quer comprar, o outro acha muito caro. No restaurante, a comida é deglutida em silêncio. Sem prazer e sem palavras.
Mas não era assim há vinte anos. Mais jovens, apaixonados e sonhadores, eles não se desgrudavam.
O tempo, porém passou, o romantismo acabou, o desinteresse tomou seu lugar, a preocupação com o outro torna-se um aborrecimento.
Tudo porque não se tinha maturidade, à época, para saber que o amor é mais do que uma atração, é também mais do que um desejo, O amor é uma atitude, uma escolha para a vida; e somente quem for capaz de compreender essa verdade terá chances de ser feliz.
Pense nisso, antes de entrar num relacionamento afetivo.
Tony Ayres
Nossa,seu blog me abriu os olhos para um fato importantíssimo,gostaria de manter contato.
ResponderExcluirAtitude? Como assim?
ResponderExcluirPodia-me dar um exemplo?
Amor é definido como atração electromagnética
Ódio como repulsão.
Por isso fico sem perceber se uma atitude baseada na razão podia ser amor.