18 maio, 2009

CRENTES INSEGUROS

iBiblicamente falando, reconhecemos claramente dois tipos de pecados: aquele que pecamos por agir (ação); e aquele que pecamos por nos omitir (omissão).

Não quero, neste espaço, contrariar a minha consciência e, para ser agradável a alguns, deixar de falar algumas verdades, pecando por omissão.

Portanto, como tem sido o meu comportamento, neste blog, continuarei a falar aquilo que minha consciência me dita, seguindo sempre o propósito de esclarecer os meus queridos irmãos leitores, sempre, claro, na medida de minhas forças.

Hoje, proponho-me a refletir um pouquinho sobre o tipo de fé que nos impele a realizar tudo aquilo que concerne ao Reino, e as possíveis implicações que isso possa vir a ter, em nossa vida, enquanto cristãos.

Entretanto, como o espaço é pequeno (e se não fosse assim, muitos desistiriam de ler), não farei rodeios: desejo falar, neste post, sobre um tipo de “fé” entre aspas, que, além de ser enganosa, adoece a vida daquele que confessa ou reconhece tê-la.

Refiro-me aquilo que chamarei aqui de “fé auto-enganadora”.

QUE TIPO DE FÉ É ESSE?

A fé auto-enganadora é, na verdade, uma fé tipo fantasia,encobridora e disfarçadora das maiores e mais inconfessáveis inseguranças.

É aquele tipo de fé aparentada com a credulidade, que tem medo de ser confrontada, tem medo de não resistir, tem medo de ser demovida. Por essa razão, não perscruta, não se submete à lógica da vida, não se envolve com nada que, mesmo de longe, vislumbre ameaça-la, pois é uma fé temerosa.

Ou seja: segundo a Bíblia é mesmo uma fé que não existe. Mas, infelizmente, é o único tipo de fé que muitos cristãos, supostamente piedosos, conseguem esposar.

COMO SE EXTERIORIZA ESSA FÉ?

Como já referido acima, exterioza-se sempre através do medo. O indivíduo que professa essa qualidade de fé não lê, por exemplo, um1973432_4 livro como “O Código da Vinci”, pois, nele, o autor afirma que Jesus foi casado com Maria Madalena, e teve filhos terrenos, cuja descendência humana continua até os dias de hoje.

Esse tipo de fé também se recusa a reconhecer a Psicanálise, pois, seu criador, Freud, apesar de ter sido um judeu, foi também um ateu confesso. Portanto, nem ele e nem sua ciência "devem ser aceitos".

Da mesma maneira, esse tipo de fé recusa-se a procurar conhecer a Teoria da Evolução, de Charles Darwin, porque ele afirma em seu livro sobre a origem das espécies, que todos nós, seres vivos (animais e vegetais) somos descendentes de um ancestral comum, 11freud
que, através da seleção natural e das mutações, foi se diferenciando, através de milhões de anos. dando origem a todas as espécies de organismos.

Essa “fé” proíbe ler determinados livros, assistir a determinados filmes, ler determinados jornais; abomina editoras “não denominacionais”, esconjura o aprofundar-se nos estudos “seculares” e evita toda e qualquer coisa que possa representar “uma ameaça” a sua (falsa) segurança.

Ora, nem é preciso seguir mais adiante com argumentos, pois, quem quer que tenha bom-senso, já terá percebido que tal tipo de fé está edificada sobre a areia e pode, de fato, ruir a qualquer momento.

A FÉ VERDADEIRA

A fé verdadeira é aquela que faz o bem, que não se omite diante das dificuldades de outrem, mas, principalmente, NÃO TEM MEDO DE CONHECER O OUTRO LADO DA MOEDA.

E, mesmo conhecendo todo o outro lado da moeda, não se abala e segue avante confiadamente pois sabe que nada, nem Código Da Vinci, nem darwinismo, nem Sigmund Freud e a Psicanálise, nem a teoria do “Big Bang” ou do “Buraco Negro”, nos poderá separar de estarmos firmes na Rocha, que não é nem pode ser outra do que a “pedra de esquina”, tão bem descrita por Paulo: JESUS CRISTO DE NAZARÉ!

"Por que estou certerto de que, nem a morte, nem a vida, nem anjos, nem principados, nem coisas presentes, nem futuras, nem potestades, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor” (Rom.8.39-39)

Toni Ayres

7 comentários:

  1. Uau!
    Colocou o dedo na ferida.
    por muito tempm este era o meu tipo de fé. hoje ela ja nao me pertence mais pois o que antes conhecia em parte , hoje conheço de perto, com experiencias mais profundas.
    Excelente o blog.
    peço autorização para reproduzir o texto em meu blog o jeitocreuzadever.blogspot.com
    um abraço

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  2. Creuza:

    Obrigado por se manifestar e por demonstrar que entendeu o sentido de meu apelo.

    Fique à vontade para reproduzir o texto em seu blog.

    Abçs.

    Em Cristo,

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  5. Prezado colega e irmão em Cristo Tadeu

    Como escreveu a irmã Creuza: "Você colocou o dedo na ferida", com muita coragem e propriedade.

    A medida que ia lendo seu texto,algumas reminiscências afloraram em minha mente de "menino nascido no evangelho". Lembrei-me de que na minha mocidade, era um escândalo entrar em uma livraria que não fosse "evangélica".

    Quando queria examinar algum livro "não cristão", eu me escondia debaixo do balcão de uma livraria de um amigo meu não crente, para não ser visto pelos meus irmãos de igreja.

    Alguns fragmentos de minha meninice, que corroboram com o que você escreveu, estão lá no "Ensaios & Prosas" sob o título: "Nascido e Criado no Evangelho". Se puder, confira-o.

    Um grande abraço,

    Levi B. Santos

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  6. Meu caro Dr. Levi

    Sim, você tem toda a razão. Eu, embora pouco mais jovem que você também tenho reminiscências semelhantes em minha memória.

    Como percebe, o ranço daquilo tudo ainda permanece.

    Mas, nos dias de hoje,mesmo em seu caso,que, como médico, conhece todo o interior do corpo humano e nunca encontrou lá dentro uma alma; e, mesmo no meu, que sei que diferentes pensamentos e emoções mobilizam sinapses nervosas em diferentes regiões do cérebro (a fé, por exemplo, age sobre uma região cerebral específica),MAS AINDA ASSIM sentimo-nos em paz com Deus e temos comunhão com Ele.

    Temos o privilégio de, alguma forma, conhecer o OUTRO LADO DA MOEDA e, a despeito disso, estarmos firmes na Rocha!

    Quem foi Hipócrates ou Freud, diante de Jesus Cristo, a Luz do Mundo?

    Glória a Deus por sua maravilhosa graça!

    Terei prazer em ler, sim, o seu texto indicado.

    Forte abraço!

    Em Cristo.

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  7. Oi irmão Tony! Deixei recado pra você em sua página na UBE. Mas me esqueci de te informar que coloquei um banner do seu blog lá no meu, na seleção de blogs amigos (naquela seleção de banners que ficam rolando para cima). Eu queria pôr um link, mas gosto de linkar com banner/logo dos blogs, e como vi que seu blog não tinha, eu peguei aquele antigo topo daqui do seu blog, diminuí e coloquei lá. Até nem ficou inteiro (eu ainda não aprendi a mexer com imagens totalmente, quando tem que alterar (aumentar ou diminuir. Enfim, fiquei de consertá-lo. Mas agora você mudou o blog e praticamente não tem topo. E agora? Você não pensa em criar um banner? Se você não criar, vou ver o quê faço, pois dá pra fazer um fundo tipo jeans, e escrever o nome do seu blog com letras em cor e tipo iguais as daqui. Se você resolver, irmão, fazer um banner, por favor, me avise, ok? Ficou muito jóia aqui o blog!

    DEUS TE ABENÇOE!!!

    CLAUDIA SUNSHINE (CLAUDIA PAIVA)

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