11 julho, 2010

Um Brasil Que Retrocede à Escravidão

BrasaoRepFundoBranco Passada a Copa do Mundo, os brasileiros voltam-se, agora, para as eleições. Os dois candidatos com mais chances de serem eleitos já foram multados diversas vezes por propaganda política antecipada. Quando se iniciar o prazo legal, teremos outra vez, um mar de propaganda tentando, ad nausaum, conquistar o eleitorado com divulgação de pavimentações de estradas, construções de hospitais, inaugurações de conjuntos habitacionais, suposstas melhorias nos setores de saúde, educação, transportes e por aí o um corolário de feitos.

Ninguém menciona o número de velhinhos que morrem nas filas do INSS, a terrível falta de médicos e de estrutura nos hospitais públicos, a imensa dificuldade em se marcar uma consulta com um especialista, a escola pública sucateada e com professores adoecendo por estresse e excesso de trabalho, as cidades e estradas destruídas por inundações e centenas de outras barbáries semelhantes.

O que dizer dos pobres aposentados e de todos os que ainda irão se aposentar? (todo mundo!). O governo foi mudando as leis e o que que temos agora? Aposentadoria com 35 anos de contribuição e idade mínima de 65 anos, se homem; e de 30 anos de contribuição, 60 anos de idade, se mulher. E ainda dizem que vai piorar!

O fato é que muitas pessoas que estão chegando agora à época da aposentadoria já cumpriram uma carga de 45, 47 e até 50 anos de trabalho!

Ou seja, retrocedemos para um estado pior do que o século dezenove. A época da escravisão.

Em 1884 foi apresentada à Assembléia Nacional a proposta da chamada Lei do Sexagenário. A pressão dos senhores de escravos foi tão grande que tal lei só foi aprovada em 28 de setembro de 1885, depois de ser mudada: o escravo somente podia ser liberto aos 65 anos, exatamente como agora.

As alegações do governo atual são de que o déficit da Previdência é muito grande e que não existe dinheiro para mudar essa situação. Ora, todos sabemos que isso é um embuste. E o dinheiro do saldo da balança de pagamentos? E o dinheiro dos impostos que pagamos? E o dinheiro que paga os salários milionários dos políticos corruptos por esse Brasil afora?. E as gigantescas descobertas de jazidas de petróleo nas camadas do pré-sal? E o dinheiro que engorda, vergonhosamente, os bancos e os banqueiros?

Dinheiro existe. Basta apenas coragem política para uma realocação de verbas decente.

Isso exige, porém, valorizar as pessoas mais do que as coisas. Pessoas são mais importante que coisas.

No tempo em que a Lei do Sexagenário foi promulgada, um escravo de 30 anos valia 900 mil réis. No entanto, um de sessenta, valia apenas 200 mil réis, dada à sua fragilidade física, exaurida por décadas de trabalho. Ambos, no entanto, eram considerados “coisas”.

Hoje, os aposentados estão sendo considerados menos do que “coisas”, pois também chegam à aposentadoria frágeis. Cartas “fora do baralho”.

Infelizmente.

O Brasil tem que mudar e valorizar os seus idosos!

Pense nisso, antes de votar!

Antônio T. Ayres

Um comentário:

  1. Olá Tony! Paz do Senhor Jesus!

    Sempre que posso estou a ler os seus textos. Muitos já me confortaram.
    Estou passando por alguns incomodos...Sei que são problemas de ordem psicologico, tanto que sei que preciso de ajuda. Os médicos dizem que pode ser Sindrome do Panico, ou Ansiedade...Sinto muitos sintomas e eles nunca aparecem nos exames.
    Estou sofrendo demais com isso, pois estou deixando de fazer muitas coisas, e um medo enorme me consome, de nunca conseguir realizar nada que gostaria. Sabe que até os meus blogs não estou conseguindo mexer e atualizar direito...Fora as obras da igreja, que tanto amo, estou me sentindo incapacitada de tudo...

    Gostaria de saber um pouco sobre a terapia. O tempo de duração em média, de um tratamento?
    Hoje algumas pessoas da igreja estiveram em casa para orar por mim, e o pastor me revelou que estou com medo, e que isso que está me atrapalhando, isso, é bem verdade!...Sei que a oração é importante, mas na sua opinião, eu preciso procurar ajuda psicológica?

    Tive uma época que uma neurologista me receitou Amitriptilina, e eu tomei, e por meses me senti bem melhor, mas depois de uns meses, que parei de tomar, estou sentindo tudo novamente, e parece que está pior.

    Gostaria de saber sua opinião. Li um texto seu aqui, que diz que uma coisa é a parte espiritual, e outra é a parte psicológica. Que estados de depressão por exemplo, está até catalogado em situação médica. E que nós cristãos temos que saber discernir sobre isso.
    Entendi, que no meu caso, mesmo estando na igreja, orando, perseverando, ainda assim sinto esses problemas, e de 2 meses pra cá, já não estou suportando a mim mesma. E fora que minha família está ficando preocupada.

    Preciso viver, preciso trabalhar, e fazer a obra, e esse medo está me atrapalhando.

    Vou deixar meu email, se puder me ajudar com sua opinião, eu te agradeço imensamente!

    renatinhasol82@gmail.com

    Grande Abraço!
    E que a Paz de Cristo esteja contigo!

    Renata

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