Matéria exibida pelo Uol Saúde no dia 12 último informa que 70% das mulheres atendidas no setor de ginecologia do Hospital das Clínicas de São Paulo sofrem de perda do desejo sexual (libido).
A ginecologista Elsa Gay, do Hospital das Clínicas, citada na matéria, diz que em 90% dessas mulheres, a falta de desejo deve-se a fatores psicológicos; e não orgânicos.
Duas outras razões, citadas pela médica, são: o uso de antidepressivos e a perda da auto-estima.
Diante dessa situação e pensando no bem-estar dessas mulheres, pessoalmente, sugiro as seguintes medidas:
- Problemas psicológicos como inibição, estresse e o temor exagerado devem ser tratados com a ajuda de um psicoterapeuta. Uma psicoterapia de apoio costuma dar excelentes resultados nesses casos.
- A perda da auto-estima precisa merecer uma atenção especial e muita sensibilidade por parte do parceiro, conversa franca e elogios sinceros além, de claro, ajuda psicoterapêutica.
- O uso de antidepressivos é inevitável se se quiser debelar a depressão. No entanto, os antidepressivos que causam diminuição da libido são os de perfil serotonérgico ( que regulam a recaptação da serotonina). Esse problema pode ser contornado com a administração conjunta de um outro antidepressivo de perfil noradrenérgico (que regula a recaptação de noradrenalina, uma antagonista da serotonina) diminuindo sensivelmente o efeito colateral de perda do desejo.
A vida sexual de um casal não é, com certeza, a área de maior importância dentre todas as que compõem uma relação duradoura, mas sem dúvida deve ser saudável para que o relacionamento seja satisfatório e feliz.
Por isso, deve ser cuidada com carinho.
Antônio Ayres
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