21 agosto, 2010

A VERDADEIRA CORAGEM

rafale As pessoas costumam associar coragem com atos heróicos, bravuras e correr risco de vida.

Embora essa versão de coragem seja a mais conhecida; do ponto de vista psicanalítico ela pode não ser verdadeira. Ou, mais do que isso, pode ser o contrário do que aparenta ser.

Para se ter uma idéia, terapeutas constataram que soldados da última grande guerra mundial que eram capazes de realizar arriscadas missões, com potenciais perigos de total destruição, somente o faziam para compensar a própria ansiedade.

Em outras palavras: eles burlavam o medo interior, exteriorizando um ato de bravura.

A coragem verdadeira, assim como vista pelos terapeutas, é aquela força interior que o indivíduo precisa ter para dar cada passo que o afasta da multidão, da massa, que, simbolicamente, significa o útero materno.

Tornar-se independente como pessoa, então, significa sentir as dores do próprio nascimento.

Essa coragem é que impele as pessoas a deixarem de ser seguidoras ou imitadoras de outrem e de encontrarem o próprio rumo na vida, com integridade às suas mais íntimas convicções.

É, portanto, um estado interior, sem o qual ninguém consegue crescer emocionalmente.

No entanto, por mais incrível que possa parecer, às vezes é mais fácil desempenhar o papel de mártir e ser impetuosamente “heróico” numa façanha por todos admirada, do que traçar o próprio rumo firme e paciente, em direção à liberdade pessoal .

Não é preciso ir muito adiante para se perceber que, num mundo em que líderes (principalmente os religiosos) são imitados até nos trejeitos e na maneira de se vestir, há cada vez mais a necessidade de verdadeiros heróis e heroínas.

Antônio Ayres

3 comentários:

  1. Graça e paz.
    Temos, eu e minha espos, acompanhado de perto seus posts.
    Temos aprendido muito e mais do que isso: tem nos libertado!
    Parabéns pela iniciativa de dividir conosco o saber.

    Nele, que nos ensinou a compartilhar.

    Sandro
    http://oreinoemnos.blogspot.com/

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  2. Sandro Duarte:

    Graça e Paz

    Fico-lhe grato por palavras tão animadoras. Os caminhos do Senhor são mesmo imponderáveis.

    Já visitei a sua página que, aliás, nada deixa a desejar.

    Em Cristo

    Agosto 22, 2010

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  3. Como se pode viver esta batalha sem sentimento de culpa?

    eu não esqueci seu blog.
    Abraço

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