Desejo, nesta postagem, fazer algumas considerações e esclarecimentos, os quais reputo como importantes, porque tenho recebido alguns e-mails de pessoas que parecem não compreender bem minhas colocações, fazendo-me perguntas para as quais não sou a pessoa indicada a responder.
Assim, para começar, com toda humildade, vejo a necessidade de deixar registrado aqui algo sobre a minha formação, a fim de dirimir dúvidas.
Resumidamente, aí vão os cursos e escolas pelos quais passei: Letras (Faculdade Ibero-Americana); Jornalismo (Faculdade Cásper Líbero); Teologia (Faculdade Batista de São Paulo e FAETEL); Pós-Graduação em Psicopedagogia (Universidade Metodista de São Paulo); Mestrado em Educação (Centro Universitário Salesiano); Formação em Psicanálise Clínica (Escola de Psicanálise do Brasil).
Quando saí de minha pequena cidade natal, no interior de São Paulo, ao terminar o Curso Colegial, jamais cheguei a pensar que teria uma formação bastante diversificada; mas assim aprouve a Deus conduzir-me pelos caminhos da vida.
Sempre procurei entender (e é assim mesmo que entendo) cada oportunidade de aprendizagem que tive e tenho, como sendo um talento que o Senhor me permitiu desenvolver; e que, portanto, devo utilizá-lo fazendo algo que, de alguma forma, ainda que de maneira ínfima, dignifique o Seu Reino, pois reconheço que é sempre através de pessoas falhas como eu e tantas outras, que Ele estende e amplia esse Reino sobre a Terra.
Durante mais de uma década, escrevi artigos para o Jornal Mensageiro da Paz, Revista Obreiro e Jovem Cristão, todos eles vinculados à CPAD.
Se algum leitor deste blog tiver arquivado em sua biblioteca esses periódicos, entre as décadas de 1980 e 1990, poderá comprovar a veracidade do que acabo de escrever; assim como poderá verificar também, que a maioria desses artigos procurou exercitar aquilo que chamo de “ofício de profeta”, pois eles sempre procuraram denunciar desmandos, manipulações e exploração dos “poderosos” em relação aos “pequeninos”.
Há alguns dias, escrevi aqui que estava cansado críticas, argumentando que é muito fácil criticar virtualmente, sem nada fazer concretamente.
Após refletir longamente sobre essa questão, cheguei à conclusão de que o meu coração não pode concordar com críticas gratuitas, desmoralizantes, infamatórias e escorchantes contra pessoas nominalmente identificadas, utilizando uma linguagem rasteira, às vezes chocante, com o intuito de obter “IBOBE”.
Isso, para mim, não serve, pois, não consigo ser assim. Todavia, verifiquei que também não consigo ver o povo de Deus sendo abusado e manipulado de maneira vil, e ficar “de braços cruzados”, ainda que esteja longe de pretender ser o dono da verdade.
Neste caso, creio no poder da PALAVRA ESCRITA para despertar pessoas boas, mas, por vezes crédulas a ponto de “servir à criatura ao invés de servir ao Criador”.
Isto posto, desejo continuar utilizando a blogosfera, tentando ser “uma voz profética” e, tomada essa decisão, não é possível levá-la a efeito, sem fazer críticas e denúncias, mas, obviamente, sem baixar o nível, a ponto de fazer ofensas pessoais ou ferir a dignidade humana, da qual todos são partícipes.
À essa altura de minha vida, consigo identificar com clareza, homens do passado e do presente que influenciaram a minha visão de mundo. Entre outros, e principalmente, posso citar: Carl Gustav Jung, Sigmund Freud, Viktor Frankl, Rollo May, Francis Schaeffer, Soren Kierkegaard, Paul Tilich, Rubem Alves, Leonardo Boff, Caio Fábio, Ed René Kivitz e Ricardo Gondim.
Nenhum deles, embora brilhantes e profundos, supera, contudo, Jesus Cristo de Nazaré, o Deus que se fez carne e habitou entre nós, crucificado por nossos pecados, morto e ressucitado ao terceiro dia, glorificado ao lado do Pai; Autor e Consumador de nossa salvação.
Feitos todos esses esclarecimentos, termino a postagem deixando claro que, mesmo colocando aqui, algumas vezes, artigos de natureza psicológico-psicanalítica, tentarei não apagar a chama que me leva a tentar exercer o “ofício de profeta”.
Soli Deo Gloria
Tony Ayres